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Washington (Reuters) – O envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia com o objetivo de ajudar na guerra contra a Ucrânia tem o potencial de prolongar o conflito, que já dura dois anos e meio, e de atrair outros envolvidos, afirmou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, nesta quarta-feira (30).
Cerca de 10 mil soldados norte-coreanos já foram enviados para o leste da Rússia, usando uniformes e equipamentos russos, disse Austin, acrescentando que essa mobilização cada vez mais se assemelha a um apoio direto às operações de combate da Rússia na região de Kursk, próxima à fronteira com a Ucrânia.
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As forças ucranianas realizaram uma grande incursão em Kursk em agosto e controlam centenas de quilômetros quadrados de território na região.
Após conversas com seu equivalente sul-coreano no Pentágono, Kim Yong-hyun, Austin chamou o envio de tropas norte-coreanas de uma “escalada perigosa e desestabilizadora”.
“Isso tem o potencial de prolongar o conflito ou de ampliá-lo”, disse Austin aos repórteres.
Perguntado sobre o que quis dizer com ampliação do conflito e se outros países poderiam se juntar à luta, Austin respondeu cautelosamente: “Isso pode encorajar outros a tomarem medidas, de diferentes tipos… Há várias coisas que poderiam acontecer”.
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A Coreia do Sul alertou que Pyongyang aprenderia lições valiosas com suas tropas se engajando em combate e testemunhando a guerra moderna ao ajudar a Rússia, o que constituiria uma ameaça militar direta à Coreia do Sul.
A Coreia do Sul afirmou que está considerando enviar uma equipe de observadores militares à Ucrânia para monitorar e analisar a esperada mobilização norte-coreana, algo que, segundo Kim, seria uma grande oportunidade para aprender mais sobre as forças norte-coreanas.