Em trajeto para Davos, Milei tira selfies e critica “agenda socialista”

A viagem é a primeira ao exterior de Milei desde que assumiu o cargo no mês passado

Reuters

O presidente da Argentina, Javier Milei (Tomas Cuesta/Getty Images)

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BUENOS AIRES (Reuters) – O presidente da Argentina, Javier Milei, viajou em um jato comercial para o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta terça-feira, tirando selfies com os passageiros a bordo e criticando o que ele chamou de “agenda socialista” do evento.

A viagem é a primeira ao exterior de Milei desde que assumiu o cargo no mês passado, após uma rápida ascensão para o político de direita que fez seu nome como economista de linguagem ácida e comentarista de televisão.

Ele está lutando para solucionar a pior crise econômica da Argentina em décadas com um pacote de austeridade que ele espera que possa domar a inflação anual acima de 200%, aumentar as reservas de moeda estrangeira, atualmente no vermelho, e atrair investimentos.

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Embora tenha se moderado depois de uma campanha eleitoral impetuosa, em que muitas vezes empunhava uma motosserra para refletir seus planos de reduzir o tamanho do Estado, Milei manteve algumas de suas promessas mais extremas, incluindo planos de fechar o banco central.

Questionado por repórteres em seu voo sobre os planos em Davos, ele disse que pretendia “semear ideias de liberdade em um fórum que está contaminado pela agenda socialista de 2030, que só trará miséria ao mundo”.

Milei tirou selfies e fez vídeos com passageiros surpresos a bordo, um reflexo de sua propensão à espetacularização, mas também ressaltando como ele conseguiu se conectar com pessoas comuns na Argentina, fartas do status quo político.

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Em sua conta pessoal no X, Milei postou novamente vídeos a bordo do avião. Seu porta-voz, Manuel Adorni, explicou em um post que o presidente viajou em um avião comercial para economizar o que ele calculou em mais de 300.000 dólares.

Milei viajou com uma pequena delegação que incluía sua ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, o chefe de gabinete Nicolás Posse, o ministro da Economia, Luis Caputo, e sua irmã Karina Milei, que também é secretária-geral da Presidência.

Além de Davos, a delegação se reunirá com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, uma semana depois de chegar a um acordo com equipe do FMI sobre a mais recente revisão do conturbado programa de 44 bilhões de dólares do país.