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A economia da Argentina sofreu uma contração inesperada em setembro, após o presidente Javier Milei aplicar uma série de medidas de austeridade. A atividade econômica caiu 0,3% no país em relação a agosto. Também houve queda em relação ao mesmo período do ano anterior, com recuo de 3,3%, de acordo com dados do governo publicados nesta sexta-feira (22).
O desempenho mensal foi na contramão da estimativa do mercado, conforme especialistas consultados pela Bloomberg, que esperavam crescimento de 0,9%.
Por outro lado, outros dados apontam sinais iniciais de recuperação. O crescimento salarial, por exemplo, superou a inflação pelo sexto mês consecutivo em setembro. Além disso, o consumo e a produção manufatureira mostram ganhos nos últimos meses.
Já a inflação vem desacelerando de forma consistente, e dados indicam uma redução na pobreza em relação ao pico registrado há duas décadas.
Economistas consultados pelo banco central da Argentina estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) terá uma contração de 3,6% neste ano, mas será seguido por um crescimento de 3,6% em 2025.
A divulgação ocorreu um dia depois que o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou que o governo começou a conversar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um novo programa de empréstimos.
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“Provavelmente vamos ter um novo [empréstimo]”, falou Caputo em entrevista a um programa de TV local. Segundo ele as discussões se concentram em dois pontos: o montante de recursos e como entrará o valor no país.
(com Bloomberg e Estadão Conteúdo)