China diz estar disposta a dialogar com os EUA para impulsionar comércio bilateral

Segundo o vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, seu país será capaz de "resolver e resistir" ao impacto de choques externos

Reuters

Ilustração da bandeira da China
(Foto: Dado Ruvic/Ilustração/Reuters)
Ilustração da bandeira da China (Foto: Dado Ruvic/Ilustração/Reuters)

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PEQUIM (Reuters) – A China está disposta a conduzir um diálogo ativo com os Estados Unidos com base nos princípios de respeito mútuo e promover o desenvolvimento das relações econômicas e comerciais, disse o vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, nesta sexta-feira (22).

Wang, que é também representante de Comércio Internacional da China, disse que seu país seria capaz de “resolver e resistir” ao impacto de choques externos, respondendo a uma pergunta sobre o efeito de possíveis tarifas prometidas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

“Acreditamos que a China e os EUA podem manter uma tendência de desenvolvimento estável, saudável e sustentável nas relações econômicas e comerciais”, disse Wang em uma coletiva de imprensa em Pequim.

A China também está disposta a “expandir as áreas de cooperação e gerenciar as diferenças” com os EUA, disse Wang.

Com a ameaça de Trump de impor tarifas superiores a 60% sobre todos os produtos chineses, o que tem abalado os fabricantes chineses e acelerado a realocação de fábricas para o Sudeste Asiático e outras regiões, os exportadores chineses estão se preparando para quaisquer distúrbios no comércio.

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Economistas consultados pela Reuters acreditam que os EUA poderiam impor tarifas de quase 40% sobre as importações da China no início do próximo ano, o que poderia reduzir o crescimento da segunda maior economia do mundo em até um ponto percentual.

Na quinta-feira, as autoridades chinesas anunciaram uma série de medidas destinadas a impulsionar o comércio exterior, incluindo a promessa de fortalecer o apoio financeiro às empresas e expandir as exportações de produtos agrícolas.

A turbulência comercial da Presidência de Trump também trará impactos sobre o iuan. O iuan subiu 10% nos primeiros 18 meses de seu primeiro mandato antes de cair cerca de 12% com a imposição de tarifas e a pandemia.

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“Nosso julgamento básico é que a taxa de câmbio permanecerá basicamente estável em um nível razoável e equilibrado”, disse Liu Ye, uma autoridade do banco central da China, na mesma coletiva de imprensa.

O banco central “manterá a flexibilidade do iuan e, ao mesmo tempo, reforçará a orientação sobre as expectativas para evitar que o mercado forme expectativas de visões unilaterais”, acrescentou.

O banco também se protegerá de forma resoluta contra o risco de uma taxa de câmbio excessiva e manterá o iuan estável em um nível razoável e equilibrado, de acordo com Liu.

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(Por Ellen Zhang e Liz Lee)