Candidato da oposição da Venezuela aparecerá na cédula por 3 partidos

Edmundo González, de 74 anos, que já ia representar a coalizão Mesa da Unidade Democrática recebeu ontem o apoio dos partidos Um Novo Tempo e Movimento pela Venezuela

Reuters

Sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, em Caracas - 23/04/2024 (Reuters/Leonardo Fernández Viloria)

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Caracas (Reuters) – O candidato da oposição da Venezuela, Edmundo González, aparecerá como candidato presidencial de três partidos na cédula de votação para as eleições de julho, depois que duas outras organizações políticas disseram nesta terça-feira (23) que conseguiram incluí-lo em suas vagas.

González, de 74 anos, já estava na cédula da Mesa da Unidade Democrática (MUD), a coalizão de grupos de oposição, que originalmente o registrou como substituto enquanto decidia quem carregaria sua bandeira depois que a vencedora das primárias, María Corina Machado, foi desqualificada e sua suplente não pôde se registrar.

A coalizão de oposição, que inclui uma dúzia de partidos e movimentos políticos, decidiu na sexta-feira, horas antes do prazo final para o registro de candidatos substitutos, que o ex-embaixador González seria seu candidato presidencial para as eleições de 28 de julho.

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Os partidos Um Novo Tempo e Movimento pela Venezuela disseram na tarde de ontem nas mídias sociais que a autoridade eleitoral permitiu que eles incluíssem González em suas vagas na cédula.

O Um Novo Tempo retirou seu candidato anterior, o governador do Estado de Zulia, Manuel Rosales, da cédula depois que ele prometeu seu apoio a González.

“Em unidade, alcançaremos a mudança”, disse o secretário-geral do Movimento pela Venezuela, Simón Calzadilla, em um vídeo no X.

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Ativistas e países, inclusive os Estados Unidos, acusaram o governo do presidente Nicolás Maduro de renegar os acordos firmados com a oposição em outubro para garantir eleições livres e justas.

Em 17 de abril, o governo norte-americano impôs novamente à Venezuela sanções sobre o petróleo, que haviam sido relaxadas em outubro, após a assinatura do acordo.

Maduro, que está no poder há mais de uma década, participará da eleição em nome de 13 partidos e organizações diferentes.