Câmara dos EUA marca votação sobre bilhões de auxílio para Ucrânia e Israel

Presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, dividiu o projeto em três, separando as ajudas à Ucrânia, Israel e região do Indo-Pacífico; para atrair democratas, foram incluídos US$ 9,1 bilhões em ajudas humanitárias

Reuters

O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson - 16/04/2024 (Reuters/Michael A. McCoy)

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Washington (Reuters) – A Câmara dos EUA terá sua tão aguardada votação de um projeto de lei com fundos de auxílio para Ucrânia, Israel e Indo-Pacífico já neste sábado, disse nesta quarta-feira (17) o presidente da casa, o republicano Mike Johnson, abrindo caminho para sua possível aprovação, apesar de fortes objeções da ala mais à direita de seu partido.

O Comitê de Apropriações da Câmara apresentou legislação fornecendo mais de US$ 95 bilhões em auxílio de segurança — incluindo US$ 60,84 bilhões para o conflito na Ucrânia e assistência a parceiros regionais, que lidam com a invasão da Rússia, dos quais US$ 23,2 bilhões seriam utilizados para reabastecer armas, estoques e instalações dos EUA.

Os esforços para aprovar o pacote de segurança ganharam nova urgência após os ataques sem precedentes do Irã contra Israel durante o fim de semana, em retaliação a uma suposta ofensiva aérea israelense contra o complexo de embaixada iraniana em Damasco, em 1º de abril.

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O projeto de lei que trata de Israel totaliza US$ 26,38 bilhões. Parte dele cobrirá o custo de operações militares dos EUA em resposta aos ataques recentes. E US$ 9,1 bilhões do total são destinados a necessidades humanitárias, uma exigência dos democratas para apoiar o projeto.

A medida para o Indo-Pacífico totaliza US$ 8,12 bilhões.

Johnson afirmou que dará aos membros da Câmara 72 horas a partir da introdução do projeto de lei — na prática, até o meio-dia de sábado — para analisá-lo. Ele disse que a Câmara votará por sua aprovação final na noite de sábado.

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O presidente democrata, Joe Biden, disse que apoia o pacote. Ele pediu que a Câmara o aprove nesta semana e que o Senado faça o mesmo logo depois.

“Eu o sancionarei imediatamente para mandar uma mensagem ao mundo: estamos com nossos amigos e não vamos deixar que Irã e Rússia tenham sucesso”, afirmou Biden, em comunicado.