Brasileira que morreu no Monte Rinjani pode ter escorregado quase 1 km após a queda

Juliana Marins escorregou durante trilha em vulcão na Indonésia; resgate dificultado por terreno íngreme e neblina

Marina Verenicz

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A brasileira Juliana Marins foi encontrada morta nesta terça-feira (24) no Monte Rinjani, na Indonésia, após quatro dias de intensas buscas. A confirmação foi feita pela família e pelo Itamaraty, que tem prestado apoio às autoridades locais desde o início das operações de resgate.

O acidente ocorreu na última sexta-feira (20), quando Juliana, que fazia uma trilha no vulcão de 3.726 metros de altitude, escorregou em uma área íngreme e caiu cerca de 300 metros, segundo relatos iniciais.

Autoridades indonésias estimam que, após a queda, Juliana possa ter deslizado por mais de um quilômetro encosta abaixo, o que dificultou as operações de resgate.

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Mochilão pela Ásia

Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins era dançarina profissional de pole dance e viajava pela Ásia desde fevereiro. Antes de chegar à Indonésia, já havia passado pelas Filipinas, Tailândia e Vietnã. Amigos e familiares relatam que ela vivia o sonho de um mochilão e mantinha contato constante pelas redes sociais.

Após o acidente, turistas que presenciaram a queda compartilharam imagens e coordenadas com a família, que iniciou uma mobilização nas redes sociais. A campanha online gerou repercussão e sensibilizou as autoridades locais, que destacaram helicópteros, drones e equipes especializadas para o resgate.

Apesar dos esforços das autoridades, o resgate foi dificultado por forte neblina, chuvas e terreno instável. A jovem foi localizada apenas nesta terça-feira, já sem vida, em uma área de difícil acesso na montanha.