Brasil e China assinam acordos e estabelecem sinergias entre PAC e Nova Rota da Seda

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping assinaram nesta quarta-feira quase 40 acordos bilaterais

Reuters

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BRASÍLIA (Reuters) – Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping assinaram nesta quarta-feira (20) quase 40 acordos bilaterais entre Brasil e China, incluindo abertura de mercado para produtos agrícolas e cooperação tecnológica, e decidiram estabelecer “sinergias” entre estratégias brasileiras de desenvolvimento, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e a iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda.

Os acordos assinados pelos dois países também incluem comércio e investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura, entre outras áreas.

“Estabeleceremos sinergias entre as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica, e a Iniciativa Cinturão e Rota”, disse Lula em pronunciamento à imprensa após reunião bilateral no Palácio da Alvorada.

Os dois presidentes também anunciaram que Brasil e China elevaram sua parceria estratégica global a um novo patamar. Xi disse que as relações entre os dois países “são aos melhores da história” no momento.

“Esta visita de Estado reforça a ambição e renova o pioneirismo do nosso relacionamento. O presidente Xi e eu decidimos elevar a Parceria Estratégica Global ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável”, disse Lula.

“Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial”, acrescentou.

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Lula afirmou que espera receber Xi novamente no Brasil no ano que vem para a cúpula dos Brics e o encontro ambiental da ONU COP30, e disse que ele mesmo pretende voltar ao país asiático para participar do fórum China-Celac, que ainda não tem data marcada.