Bola de Ouro perdida de Maradona ressurge em leilão na França; família fala em roubo

Troféu havia se perdido em 1989, e seu paradeiro era desconhecido – até agora

Maria Luiza Dourado

Bola de Ouro de Diego Maradona (Thomson Reuters)
Bola de Ouro de Diego Maradona (Thomson Reuters)

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A Bola de Ouro que Diego Maradona venceu em 1986, quando foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo daquele mesmo ano, vencida pela seleção da Argentina, reapareceu em uma casa de leilões em Paris – que vai leiloar o artigo em junho.

O troféu havia desaparecido em 1989, e há muito mistério em torno do sumiço do item. Alguns diziam que havia sido roubado do Banco della Provincia, em Nápoles, Itália, cidade onde Maradona brilhou no fim dos anos 1980, pela máfia italiana, que teria derretido o item para transformá-lo em barras de ouro. Outros diziam que Maradona se desfez do troféu para quitar dívidas ou que o craque o perdeu em um jogo de poker. O fato é que o item nunca havia reaparecido – pelo menos não até agora.

A Bola de Ouro será leiloada pela leiloeira francesa Aguttes em 6 de junho, que espera vendê-lo por milhões de euros, segundo o portal britânico BBC, que entrevistou um especialista em esportes da casa de leilões, François Thierry. Interessados devem fazer um depósito de 150 mil euros apenas para participar do leilão.

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A BBC conta que a Bola de Ouro está há mais de um ano com a leiloeira, que foi procurada pelo atual proprietário do item. Segundo o leiloeiro, o vendedor do troféu o comprou há oito anos – e não tinha conhecimento que se tratava da Bola de Ouro de Maradona. Ainda de acordo com a BBC, na época, ele tentou ligar para a Fifa e para o próprio Maradona, mas não teve sucesso.

A Aguttes alega que procedeu de maneira correta desde que tomou conhecimento da existência da Bola de Ouro, inclusive contatando a polícia local.

Nesta terça (14), a agência Associated Press noticiou que os herdeiros de Maradona abrirão uma ação judicial para tentar impedir o leilão do troféu, sob o argumento que o item foi roubado e que o atual proprietário não tem direito de vendê-lo.

Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.