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LIMA (Reuters) – O presidente dos EUA, Joe Biden, se reuniu com os líderes do Japão e da Coreia do Sul neste sexta-feira, conforme os governantes dos três países buscam consolidar seu progresso diplomático antes de uma nova administração Trump que deve derrubar alianças em todo o mundo.
A reunião entre Washington e dois de seus aliados asiáticos mais próximos foi realizada em meio à expectativa de que as relações dos EUA com Pequim devem se tornar mais conflituosas após a posse de Donald Trump no dia 20 de janeiro, dadas suas promessas de aumentos acentuados nas tarifas que podem afetar a economia da China.
O envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia para apoiar a guerra da Rússia na Ucrânia, bem como o programa de armas nucleares da Coreia do Norte e as perspectivas cada vez menores de uma resolução pacífica para um conflito de décadas com a Coreia do Sul também estão aumentando as tensões na Ásia.
A reunião realizada às margens da Cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em Lima, no Peru, contou com Biden, com o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol e com o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba, que assumiu o cargo em outubro, na primeira vez em que os três estiveram juntos presencialmente.
Eles estão anunciando a criação de uma “secretaria” para os três países para formalizar o relacionamento e garantir que “não seja apenas uma série de reuniões”, disse na quinta-feira o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan a repórteres viajando com Biden a bordo do Air Force One.
Fazer com que a Coreia do Sul e o Japão trabalhem juntos é considerado uma das conquistas diplomáticas do mandato de quatro anos de Biden como presidente, que está prestes a terminar. Os dois países têm uma longa história de animosidade mútua decorrente do severo domínio colonial japonês na Coreia entre 1910 e 1945.
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Biden vê laços estreitos entre os três como uma proteção contra medidas agressivas da China na região, uma visão que Pequim rejeita. Yoon se encontrou com o presidente chinês Xi Jinping nesta sexta-feira, enquanto Ishiba e Biden estavam prontos para manter seus próprios encontros individuais com Xi durante a cúpula.
“Eu realmente acredito que a cooperação de nossos países será a base para a paz e estabilidade no Indo-Pacífico por muitos anos”, disse Biden.