Biden convoca líderes do Congresso, sob a ameaça de paralisação parcial do governo

Várias agências governamentais podem ficar sem recursos a partir de sexta-feira; presidente dos EUA também quer a aprovação pela Câmara de nova ajuda à Ucrânia

Roberto de Lira

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Os presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convocou os quatro líderes do Congresso para uma reunião nesta terça-feira (27) quando pretende estabelecer bases para um acordo de financiamento que evite uma paralisação parcial do governo a partir de sexta-feira, 1º de março. Ao mesmo tempo, tentará avançar com a aprovação de uma nova ajuda à Ucrânia, projeto que está parado na Câmara, de maioria republicana.

O prazo está apertado. O financiamento para áreas como construção militar, desenvolvimento hídrico e dos departamentos de agricultura, energia, assuntos de veteranos, transporte, habitação e desenvolvimento urbano expiram nesta semana, enquanto as oito contas de gastos restantes têm prazo de validade até 8 de março.

Na reunião, estarão presentes os presidente da Câmara, Mike Johnson, e do Senado, Chuck Schumer, e os líderes da minoria nas duas Casas, o senador republicano Mitch McConnell, e o deputado democrata Hakeem Jeffries.

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O site The Hill lembra que a reunião ocorre depois que Schumer e Johnson se atacaram durante o final de semana, responsabilizando-se mutuamente pelo atraso no anúncio dos projetos de lei de dotações.

Além da importante questão o financiamento do governo, Biden tem apelado há semanas ao Congresso para que aprove uma ajuda adicional à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia, alertando que uma omissão nesse momento seria um fracasso histórico que poderia ameaçar a segurança tanto global como interna.

O Senado aprovou no início deste mês por esmagadora maioria o financiamento para a segurança nacional que incluía dinheiro para a Ucrânia, Israel e aliados do Indo-Pacífico, mas a Câmara entrou em recesso ante de votar a questão, tentando incluir no projeto medidas de medidas de segurança nas fronteiras do país, uma exigência da ala mais radical do Partido Republicano.

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Acredita-se que Biden vai usar o difícil momento na relação com a Câmara em seus discurso do Estado da União, marcado para 7 de março e que deve marcar o início oficial de sua campanha visando a reeleição.