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A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de lançar na noite de quinta-feira (11) um ataque aéreo conjunto com o Reino Unido contra alvos ligados aos rebeldes houthis apoiados pelo Irã no Iêmen recebeu críticas dentro do Partido Democrata e elogios dos republicanos, que no entanto disseram que a ação demorou para ser realizada.
O comando da Força Aérea dos EUA no Oriente Médio disse que atingiu mais de 60 alvos, em 16 locais no Iêmen, incluindo pontos “de comando e controle, depósitos de munições, sistemas de lançamento, instalações de produção e sistemas de radar de defesa aérea”.
Foi a primeira vez que ataques foram lançados contra o grupo desde que ele começou a atacar a navegação internacional no Mar Vermelho no final do ano passado. Os houthis têm atacado essas rotas marítimas para demonstrar seu apoio ao Hamas, que está em guerra com Israel.
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Segundo a Associated Press, os ataques mataram pelo menos cinco pessoas e feriram seis, conforme fontes dos houthis, que não detalharam os alvos atingidos. Ontem, o líder dos houthis disse que qualquer ataque dos EUA ao grupo não ficaria sem resposta.
A Casa Branca justificou os ataques, apoiados por Holanda, Canadá, Bahrein e Austrália, como conduzidos “de acordo com o direito inerente de autodefesa individual e coletiva, consistente com a Carta da ONU”.
Mas a repercussão política interna da medida adotada pela administração Biden tem sido forte. Segundo o site Politico, alguns congressistas argumentaram que a medida viola o artigo 1º da Constituição, que exige que uma ação militar seja autorizada pelo Congresso e que Biden notificou o Congresso, mas não solicitou sua aprovação.
“Esta é uma violação inaceitável da Constituição”, escreveu nas redes sociais a deputada Pramila Jayapal (Washington), que preside a bancada progressista dos democratas.
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Mas alguns republicanos elogiaram os ataques, embora com ressalvas. O líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, disse em um comunicado que saudava a decisão, mas que o uso da força estava “atrasado”.
“Espero que essas operações marquem uma mudança duradoura na abordagem do governo Biden em relação ao Irã e seus representantes. Para restaurar a dissuasão e mudar o cálculo do Irã, os próprios líderes iranianos devem acreditar que pagarão um preço significativo, a menos que abandonem sua campanha mundial de terror”, afirmou.
(Com Reuters)