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Em mais um capítulo da tensão entre os governos da Argentina e da Venezuela, o governo argentino comunicou a decisão de eliminar o canal venezuelano Telesur da grade de Televisão Digital Aberta (TDA) do país.
O sinal da rede multiestatal, com sede na Venezuela, já havia sido retirado do ar em 2016, durante a gestão de Mauricio Macri, mas voltou em 2020, já na administração de Alberto Fernández.
Segundo apurou o jornal La Nación, o interventor Diego Chaher, responsável pelas auditorias da Educ.ar, Télam, Rádio e Televisão Argentina e Conteúdo Público, a rescisão do contrato vai acontecer a partir de 1º de julho.
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O presidente venezuelano não se deu por vencido e, durante a transmissão de seu programa semanal “Con Maduro +“, disse que o presidente argentino Javier Milei tem “medo da verdade do povo”. Ele garantiu que os argentinos continuarão a assistir a Telesur pelas redes sociais.
“Você não vai conseguir censurar a Telesur. A Telesur vai poder fazer mais do que você, Milei, fique tranquilo”, disse.
O canal também denunciou a atitude como censura. Em comunicado publicado pelo ministro venezuelano da Comunicação, Freddy Nañez, foi dito que a decisão “representa um grave ataque ao direito à informação, ao limitar o acesso a vozes dissidentes, restringir a pluralidade de informações, minar a possibilidade de ter opiniões informadas e participar ativamente do debate público”.
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A Telesur é um canal que nasceu com a participação dos governos da Argentina, Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua, Uruguai e Venezuela.
Segundo o La Nación, a carta enviada pelo auditor Chaher notificou, com prazo de 60 dias corridos, a vontade de rescindir o contrato a partir de 1º de julho de 2024 para toda a transmissão do sinal produzido pela Telesur por meio do Sistema de Televisão Digital Aberta (STDA) .
