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SÃO PAULO – A MRV Engenharia (MRVE3) pode não alcançar o guidance de vendas contratadas traçado para 2012, entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,5 bilhões, mas optou por não revisar as estimativas, disse o presidente-executivo da consultora e incorporadora, Rubens Menin, em teleconferência realizada nesta sexta-feira (9), após a divulgação do balanço do terceiro trimestre.
O executivo ainda ressaltou que a empresa tem focado na qualidade operacional. “As margens da companhia são crescentes e consistentes”, enfatizou. No entanto, a empresa pode também não fechar a previsão de margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) no ano, entre 24% e 28%. Ao longo dos nove primeiros meses de 2012, a margem está em 19,6%, enquanto as vendas atingem R$ 2,784 bilhões, o que equivale a pouco mais da metade do ponto médio da projeção da companhia no ano.
Segundo ele, a companhia espera a conclusão de uma operação com a Log – subsidiária de imóveis como centros logísticos e shoppings – entre o final desse ano ou ano que vem. Caso se concretize em 2012, a companhia aponta que irá acrescentar alguns pontos na margem Ebitda, o que permitirá a MRV cumprir seu guidance.
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Em relação a operação de capitalização da Log, o executivo se limitou a responder que está em busca de uma estrutura de capital para a subsidiária, em uma operação que deve vir em linha com o ano passado, no sentido de ter um aporte por outro sócio. “Queremos que a Log caminhe com suas próprias pernas, lembrando que ela está se tornando um player importante e a qualidade de operação está muito boa”.
Por R$ 250 milhões, a MRV fechou, no ano passado, a venda de um terço da Log para o fundo de private equity Starwood Capital, que administra US$ 16 bilhões em ativos imobiliários no mundo. Além desse montante, os sócios fizeram um aporte adicional de mais R$ 100 milhões no negócio. Na época, o mercado especulava sobre uma futura abertura de capital do braço de logística da MRV, uma vez que a Log vinha sendo grande consumidora de caixa da empresa, cujo foco principal é totalmente distinto.
Projeção para próximo trimestre
Já para o próximo trimestre, o executivo ressaltou que espera que será melhor do que o terceiro. “É difícil afirmar quanto será melhor, mas naturalmente o quarto trimestre mostra um desempenho mais satisfatório. Devemos bater na trave no guidance”, comentou.