MMX afirma que mantém negociações com Glencore e Trafigura para venda de ativos

Contudo, braço de mineração do grupo EBX afirmou que não há qualquer documento assinado ou definição que permita afirmar que seguirá um ou outro caminho, motivo pelo qual não mencionou no fato relevante qualquer detalhamento sobre potenciais interessados

Lara Rizério

Igarape, 04 de novembro de 2011Imagens das minas de minerio de ferro Tico Tico e Ipe, da empresa MMX, no complexo Serra Azul.Foto: Bruno Magalhaes / Nitro

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SÃO PAULO – Esta semana está sendo mais uma vez bastante movimentada para as ações das empresas do grupo EBX, de Eike Batista. Nas últimas sessões, os principais catalisadores para os papéis do grupo, principalmente no caso da MMX Mineração (MMXM3), são os rumores de que o megaempresário procura vender ativos, em meio à limitação de caixa para executar projetos que requerem grandes cifras.

Em meio a esse cenário, que fizeram as ações MMXM3 dispararem 31,50% apenas nesta semana, o braço de mineração do grupo EBX reforçou em esclarecimento à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que, conforme fato relevante divulgado na última segunda-feira, tem avaliado oportunidades de negócios. Elas incluem, mas não se limitam à venda de ações detidas pelo acionista controlador da companhia, assim como de seus ativos.

Para tanto, afirmou a companhia, a MMX mantém discussões com diversos participantes de mercado, incluindo potenciais interessados citados na notícia do Valor da última segunda-feira, a Glencore Xstrata e a Trafigura, empresas estas que seriam potenciais compradoras dos ativos da companhia. 

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“Contudo, não há, neste momento, qualquer documento assinado ou qualquer definição que permita à Companhia afirmar que seguirá um ou outro caminho, motivo pelo qual não mencionou no fato relevante qualquer detalhamento sobre potenciais interessados, tal como veiculado pelas notícias divulgadas em 25 de junho de 2013”, afirmou a MMX. Assim, informou a empresa, a MMX manterá seus acionistas e o mercado em geral informados tão logo exista qualquer fato ou decisão passível de ser divulgada de maneira completa, suficiente e adequada. 

Na semana passada, a Folha de S. Paulo havia noticiado que a MMX descartou uma oferta feita pela Glencore para comprar o porto Sudeste, indicando que o valor era “ridículo”. Na ocasião, rumores apontavam que a suíça teria feito oferta apenas pelo porto, o que esbarraria nos interesses do controlador Eike Batista, que quer vender uma fatia de sua participação na empresa, que inclui minas e o porto, e hoje é de 59,3%.

Também na véspera, ganhou destaque a notícia de que Eike Batista estaria tentando vender ativos de carvão da CCX (CCXC3) e de ouro da AUX. Enquanto isso, a LLX (LLXL3), empresa de logística do grupo, informou em fato relevante que contratou assessores financeiros para avaliar oportunidades de negócios e operações societárias envolvendo seus ativos.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.