MMX: “colocamos a produção em ordem e as vendas estão em uma crescente”

Diretor presidente da companhia destaca a recuperação dos volumes de vendas depois da forte queda no 1º trimestre

Felipe Moreno

Igarape, 04 de novembro de 2011Imagens das minas de minerio de ferro Tico Tico e Ipe, da empresa MMX, no complexo Serra Azul.Foto: Bruno Magalhaes / Nitro

Publicidade

SÃO PAULO – A direção da MMX Mineração (MMXM3) pintou um cenário muito positivo para o próximos trimestres – ao destacar que o resultado de julho a setembro. Nesse trimestre, a companhia registrou prejuízo de R$ 100,1 milhões – uma queda de 59%, embora tenha mostrado perda de R$ 300 milhões em patrimônio de um ano para o outro.

“Colocamos a produção em ordem nesse trimestre”, avalia Guilherme Escalhão, diretor presidente e de relações com investidores da companhia. Escalhão destaca a recuperação dos volumes de vendas depois da forte queda no 1º trimestre – quando chuvas excessivas prejudicaram o desempenho das companhias. 

Volumes recordes mas preços em queda
Houve volume recorde no sudeste, mas o volume embarcado em Corumbá caiu. “Isso [a queda em Corumbá] é não recorrente, houve uma parada para manutenção do alto forno e não vai se perpetuar”, avalia o executivo. Mesmo assim, em fases secas do rio da região, Escalhão destaca que a produção precisa ser parada. 

Continua depois da publicidade

Depois de uma melhora já no segundo trimestre, o último período foi ainda melhor – levando Escalhão a destacar que as vendas de minério de ferro da MMX estão ainda em uma crescente. “Com isso, conseguimos um Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) muito próximo ao do terceiro trimestre de 2011, mesmo com os preços em queda”, salienta o executivo.

Esse é um ponto muito importante ressaltado por Escalhão – as quedas de preços entre um ano e outro, em reflexo a desaceleração da economia chinesa. Com isso, o preço médio vendido pela companhia já recuou 20%. “O cenário de preços está menos favorável em relação ao ano anterior, mas os volumes, principalmente no mercado doméstico, continuam normais”, salienta. 

Projetos dentro do orçamento
Em relação aos projetos da companhia, Escalhão mostrou-se otimista principalmente ao de Serra Azul. “Está tudo dentro da expectativa”, avalia. Ele destaca que todos os números até agora estão dentro do orçamento e devem ficar dentro do orçamento.

Além disso, o financiamento desse projeto já está encaminhado. “Emitimos R$ 750 milhões em debêntures e avançamos bastante no período de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, acredita o executivo. 

O executivo mostra satisfação em ter conseguido incorporar a PortX, outrora listada na BM&FBovespa. “E agora, o porto sudeste agora é 100% subsidiário da MMX”, afirma, lembrando que isso deve trazer ganhos de eficiência em termos de governança corporativa – permitindo que a companhia.

Na visão de Escalhão, a companhia deve começar a funcionar já no ano que vem – mas a companhia ainda terá que pagar os títulos de royalties MMXM11 – também negociados na bolsa. “Ano que vem ainda não damos guidance de embarque, já que é o ano de start-up, mas temos que garantir que se não embarcamos o mínimo previsto para pagar os royalties, vamos complementar”, finaliza.