Em semana ruim para o grupo EBX, ações da MMX lideram baixas do Ibovespa

Papéis recuaram 9,19%, a R$ 8,20; com bolsa em baixa, imobiliárias também se destacam entre quedas do período

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As ações da MMX Mineração (MMXM3) fecharam esta semana como principal baixa dentre os papéis que compõem o Ibovespa, acumulando desvalorização de 9,19% e cotadas a R$ 8,20. Com esta baixa, os papéis seguem negativos também no mês e no ano, com baixas de 13,23% e 26,98%, nesta ordem. 

A semana trouxe fortes perdas, de forma mais ampla, para as ações do grupo EBX, do megaempresário Eike Batista. As ações da OGX Petróleo (OGXP3) recuaram 5,36% no período. O desempenho dos papéis da petrolífera sofreu forte repique nesta sexta-feira (17), com alta de 3,77% no pregão, para terminarem a semana cotados em R$ 14,29, evitando sua presença entre as maiores quedas do índice entre os dias 13 e 17 de junho.

Fora do Ibovespa, as ações da OSX Brasil (OSXB3) também fecharam em forte baixa de 3,92% na semana. Os papéis da PortX (PRTX3), por sua vez, perderam 0,29% no período. A exceção ficou com os ativos da LLX Logística (LLXL3), que subiram 2,81% nos cinco últimos pregões. 

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Aversão ao risco marcou a semana
A saída de estrangeiros e os baixos volumes negociados na bolsa local trouxeram um momento difícil para o benchmark, que acumulou baixa de 2,61%, aos 61.059 pontos. As incertezas internacionais também continuaram a disseminar a aversão ao risco por aqui, ofuscando indicadores com menores níveis de crescimento da inflação, além dos múltiplos atrativos de blue chips.

A semana começou sem avanços nas pendências em relação à Grécia, já que o BCE (Banco Central Europeu) e a Alemanha tiveram uma queda de braço sobre a participação de investidores privados no pacote de reestruturação da dívida grega. Com as chances de um default cada vez mais presentes, a agência Standard & Poor’s também cortou o rating de longo prazo da Grécia, com perspectiva negativa.

Nos Estados Unidos, os indicadores divergentes reforçaram o viés de uma recuperação moderada, enquanto a aproximação do mês de agosto elevou os temores quanto ao fim do programa de flexibilização quantitiva e à necessidade de elevação do teto da dívida pública. 

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Imobiliárias ficam entre maiores baixas do período
As ações de imobiliárias ocuparam três dentre as seis maiores baixas da última semana. A MRV (MRVE3) mostrou o segundo pior desempenho do índice, com baixa de 8,09%, aos R$ 13,74. Em seguida, vieram os papéis da Gafisa (GFSA3), com baixa de 7,67% e cotadas em R$ 7,70.  

Os ativos da Braskem (BRKM5) interromperam a sequência de imobiliárias na ponta negativa, ao terminarem cotadas em R$ 21,65, com recuo de 7,36%. Por fim, os papéis da Brookfield (BISA3, R$ 7,70, -7,23%) e Cyrela (CYRE3, R$ 14,95, -7,14%) completaram a lista das maiores perdedoras do período.

Embora a percepção de que a inflação comece a entrar em ritmo de queda traga ventos mais favoráveis para o setor, os papéis de imobiliárias mostraram poucas reações. O front mostra baixas desde o início do ano, com a desaceleração do crédito e o aumento dos juros, além de resultados negativos no primeiro trimestre, que confirmaram o aumento de custos e redução de margens, afirma o analista Erick Scott Wood, da SLW.

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A semana não trouxe nenhuma notícia negativa ao segmento, argumenta Wood, já que houve o anúncio de investimentos de R$ 125,7 bilhões do governo na segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida. A expectativa é de que 2 milhões de moradias sejam construídas até 2014.