Corretora independente ou de banco: qual a mais adequada para seu perfil?

Dica: defina o que você mais valoriza no serviço (comodidade, segurança, preço, etc.) e, a partir daí, tome sua decisão

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – O primeiro passo para quem quer investir na bolsa é escolher uma corretora. O que, nem sempre, pode ser uma tarefa fácil para quem está começando e nem faz ideia do que considerar antes de decidir, não é mesmo?

“A escolha da corretora é muito particular, depende do que o investidor está buscando. Cada corretora é adequada a um perfil”, resume o fundador do IEF (Instituto de Educação Financeira), Jurandir Sell Macedo Jr.

Para começar, entenda que você pode optar tanto por uma corretora do banco onde já possui uma conta-corrente quanto por uma corretora independente, àquelas sem vínculo com bancos de varejo.

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O educador financeiro, Conrado Navarro, defende que, em primeiro lugar, o investidor precisa se sentir “confortável” para iniciar o investimento. “Isso depende do momento de cada um. Se o investidor não tiver nenhuma experiência, pode ser que fique mais seguro em começar por uma corretora de banco e quando já estiver mais informado, passe para uma independente”, pondera. “Mas é ele quem precisa definir o que mais valoriza em uma corretora, se é a comodidade, a segurança, o preço, etc.”, completa.

Comodidade
Se você preza pela comodidade, por exemplo, a corretora do seu banco pode ser uma boa pedida. Nesse caso, o investidor foge da burocracia e conta com o benefício de investir sem ter de transferir o dinheiro da conta para a corretora.

Macedo Jr. lembra que algumas instituições financeiras também oferecem facilidades como um serviço de débito automático para a compra de ações, que permite ao cliente escolher o quanto desembolsar por mês e onde aplicar.

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Segurança
Uma corretora ligada a um grande banco de varejo traz consigo uma sensação de confiabilidade, uma vez que a empresa tem como plano de fundo uma marca já consolidada no mercado. “Isso pode fazer com que o investidor se sinta mais seguro para começar”, afirma Navarro.

Por outro lado, o consultor da MoneyFit, Antonio De Julio, defende a solidez de corretoras menores e ameniza o receio do investidor sobre o risco de uma possível falência. “Como as ações ficam custodiadas na CBLC [Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia] em seu nome, você não perde o dinheiro investido. Então, caso uma corretora quebre suas ações estão protegidas”, explica.

Preço
Outro ponto a ser observado pelo investidor no momento de escolher uma corretora são os custos embutidos no investimento. “O investidor precisa saber qual é o pedágio para investir”, comenta De Julio.

No caso de companhias ligadas aos bancos, o investidor está livre de pagar o valor da TED (Transferência Eletrônica Disponível), o que precisa ser custeado caso a corretora independente não tenha conta corrente no mesmo banco do investidor. Em contrapartida, corretoras sem vínculo com bancos de varejo têm taxas de corretagem e de custódia mais baixas, por precisarem competir de forma mais agressiva no mercado.

Por isso, a dica do consultor da MoneyFit é que o investidor consulte os preços em várias instituições e faça simulações com objetivo de mensurar qual o impacto desses custos no retorno do investimento.

Atendimento
Por disponibilizarem diversos serviços financeiros, os grandes bancos podem faltar em atendimento especializado no investimento em ações. Em caso de algum problema com uma ordem, por exemplo, o gerente da conta pode não estar capacitado para resolver e terá de fazer um encaminhamento, conforme pontua Navarro.

“É um mito achar que por existir uma agência perto de você o atendimento será mais fácil. Os grandes bancos têm o foco um pouco diferenciado, com interesse maior em oferecer fundos de ações, por exemplo, que são criados e gerenciados por sua equipe”, acrescenta.

Na outra ponta, em corretoras independentes, como o serviço principal é esse tipo de negociação, o atendimento pode ser mais personalizado e completo. Além disso, por estarem em um ambiente mais competitivo, essas companhias oferecem diferenciais para apoiar o investidor, como relatórios de análises, cursos e palestras.

Na visão de Macedo Jr., são os grandes bancos quem têm mais preocupação em fidelizar o cliente no longo prazo. “Corretoras maiores estão mais preocupadas com a saúde financeira do cliente por muitos anos, enquanto as menores, querem ganhar com corretagem e focam mais em incentivar o cliente a comprar e vender”, opina.  

A dica do educador financeiro é que o investidor consulte o ranking de reclamações produzido semestralmente pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Para conferir a última pesquisa da autarquia, clique aqui.