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Vale desbanca Petrobras e retoma liderança em carteiras para agosto

Levantamento da InfoMoney contém portfólios de 20 instituições; petrolífera sai do topo depois de dezoito meses

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As ações preferenciais classe A da Vale receberam o maior número de recomendações nas carteiras dos analistas para agosto, segundo levantamento realizado pela InfoMoney que incluiu 20 portfólios sugeridos por corretoras e bancos de investimentos.

As carteiras selecionadas neste mês são de: Ágora, Ativa, BB Investimentos, Bradesco, Coinvalores, Fator, HSBC, Itaú, Omar Camargo, Planner, Safra, Senso, SLW, Socopa, Spinelli, TOV, UBS, Um Investimentos, Win e XP Investimentos.

Vale retoma liderança

Das 20 instituições pesquisadas, 16 listaram as ações da Vale entre suas sugestões, recolocando a companhia no topo da relação – o que não acontecia desde janeiro de 2008. Apesar da continuidade das negociações para o reajuste do minério de ferro na China, os analistas seguem apontando a evolução nos preços da commodity e a sólida posição financeira da companhia como pontos favoráveis aos papéis.

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O HSBC, por exemplo, destaca que a mineradora atua com baixa alavancagem e sólida situação financeira, com caixa de aproximadamente US$ 15 bilhões e dívidas com vencimento no longo prazo. No mesmo sentido, a Win ressalta que a companhia atua em um setor com elevadas margens de lucro e é uma das que mais gera caixa no Brasil.

A despeito dos fracos resultados no segundo trimestre, a corretora ainda afirma que a Vale continuará lucrativa e recuperará os preços a partir de 2010, devido à retomada da demanda por minério de ferro sustentada pelas economias emergentes. A Um Investimentos, por sua vez, lembra que a empresa é considerada a produtora da commodity mais eficiente do mundo, se beneficiando de sua forte exposição no mercado chinês.

A respeito da disputa entre siderúrgicas e mineradoras em torno dos contratos de minério de ferro, a expectativa recai sobre a possibilidade da Vale conseguir um corte nos preços menor que suas concorrentes. Na avaliação do Bradesco, isto pode ser alcançado em função da diferença nos custos de frete e da maior qualidade da matéria-prima brasileira.

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Finalmente, o UBS avalia que o sentimento dos investidores frente aos papéis da mineradora deva melhorar ao longo do segundo semestre do ano. “Os administradores da companhia acreditam que o pior já passou e que embarcamos em uma trajetória sustentável de recuperação”, ressalta o banco. Diante de tais referências, a TOV reafirma sua convicção nas perspectivas para a mineradora no médio e longo prazo.

Petrobras cai para o segundo lugar

Na sequência, depois de nada menos que dezoito meses consecutivos na liderança de carteiras, as ações preferenciais Petrobras caem para o segundo lugar com 15 indicações, o que não significa que tenham deixado de ser atrativas aos olhos dos analistas. Em suma, as boas expectativas em torno do potencial das novas descobertas e da retomada dos preços do petróleo, assim como os sólidos fundamentos da companhia, continuam sustentando o otimismo com os papéis.

As mais recomendadas
Ação Recomendações
Vale PNA 16
Petrobras PN 15
Bradesco PN 10
CSN ON 7
Itaú Unibanco PN 7
Gerdau PN 6
Cesp PNB 5
Duratex PN 5
Eletrobrás ON 5
Lojas Americanas PN 5
Pão de Açúcar PNA 5

Com relação ao primeiro item, a Win lembra que a estatal teve aumento no volume de petróleo extraído na medida em que suas reservas aumentaram significativamente após as descobertas de Tupi e Júpiter. Ademais, a instituição acredita que o investidor poderá se beneficiar com o retorno que o pré-sal poderá gerar. Neste sentido, cabe lembrar que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que a Petrobras será a operadora de todos os blocos da região, caso seja aprovada a proposta do novo marco regulatório para o setor.

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Paralelamente, os especialistas ressaltam que a perspectiva de reaquecimento econômico deve contribuir para o aumento da demanda por combustíveis e, consequentemente, puxar para cima as cotações do petróleo. Assim, o investidor deve ficar atento à avaliação do Goldman Sachs de que “o ciclo de aperto na commodity já ficou para trás”, o que torna os papéis da empresa uma boa opção de longa data.

Do lado negativo, aparecem as incertezas com os impactos da CPI que investigará o uso pela estatal de manobras ou artifícios contábeis para redução de tributos, assim como o recente corte do rating global em moeda local da Petrobras anunciado pela Moody’s, que justificou a ação devido à forte dependência entre a companhia e o governo brasileiro.

Por último e voltando ao teor mais favorável da avaliação, a Coinvalores acredita que o financiamento de R$ 25 bilhões do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) gerará benefícios ao fluxo de caixa da companhia. Ademais, a forte liquidez dos papéis da petrolífera continua sendo mencionada como um ponto positivo, assim como os múltiplos atrativos dos ativos.

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Bradesco na terceira posição

Finalmente, com 10 recomendações, as ações preferenciais do Bradesco completam o pódio. Além do bom posicionamento do setor financeiro brasileiro em relação ao restante do mercado, as boas expectativas em torno das operações e os sólidos fundamentos do banco também são lembrados pelos analistas.

Com relação à análise setorial, a Win diz que as perspectivas para 2009 são positivas, graças à ampliação do crédito e do crescimento econômico brasileiro. Já a Socopa ressalta que as instituições financeiras do País estão atrasadas em relação ao mercado, uma vez que contam com fortes fundamentos, bons níveis de capitalização, além de não apresentarem os complexos instrumentos financeiros que levaram à crise internacional.

Já no caso específico do banco, destaque para os ganhos de R$ 2 bilhões proporcionado pela alienação de 10,5% de sua participação acionária da VisaNet e para o anúncio dos números operacionais referentes ao segundo trimestre de 2009, quando a instituição alcançou um lucro líquido de R$ 2,29 bilhões, com avanço de 33% frente ao trimestre anterior.

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Após a divulgação, a Coin mostrou-se otimista com uma recuperação do banco nos próximos trimestres, após a fraca atividade no começo do ano. Assim, segundo o BB, os principais drivers da instituição incluem as vantagens competitivas em relação aos seus pares, amplo market share em cartões de crédito, seguros e previdência; além da vasta base de clientes e do forte investimento em tecnologia.