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SÃO PAULO – O Santander acredita em um cenário favorável para o setor financeiro neste ano, com bons números nos balanços corporativos do quarto trimestre de 2011. O banco espera que o setor financeiro traga retornos mais fortes em 2012, sugerindo exposição aos nomes defensivos como Redecard (RDCD3) e Cielo (CIEL3). Ao mesmo tempo, sugere adicionar as units da SulAmérica (SULA11) ao portfólio caso a volatilidade externa comece a diminuir.
Após a XVI Conferência Latinoamericana de CEOs (Chief Executive Officer) em Cancun, os analistas Henrique Navarro e Renato Schuetz apontaram que o forte resultado do quarto trimestre de 2011 deve ser um catalisador para o setor.
Redecard
Em relação à Redecard, Navarro e Schuetz adotaram uma postura mais otimista, revisando para cima a projeção de lucro líquido do quarto trimestre para R$ 380 milhões, já que eles acreditam que a desaceleração dos volumes será compensada pela receita forte de POS (Point of Sale) e por iniciativas de cortes de custos. Ademais, a esperada conclusão de um acordo para adquirir a Hipercard também deve trazer benefícios potenciais no longo prazo para a empresa.
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Apesar do banco apontar uma desaceleração significativa no crescimento do volume de cartões de crédito no quarto trimestre, em cerca de 15% a 20% na comparação anual, ele indicou que a “má notícia” já está precificada pelo mercado, o que não deve afetar suas ações.
Cielo
As perspectivas para a Cielo (CIEL3) também são animadoras, já que a empresa comunicou que pode retornar a seus altos índices de distribuição de dividendos de 90%, frente ao mínimo obrigatório de 50%. Esse evento seria muito positivo para suas ações, contribuindo para reduzir a preferência do Santander pelos papéis da Redecard, comentaram os analistas.
Perspectivas para 2012
O cenário para este ano é relativamente otimista para a SulAmérica, visto que o índice de sinistralidade, tanto no segmento de saúde como no automotivo, deve ter uma queda em torno de 100 pontos-base cada um, em comparação com o fechamento de 2011. Além disso, os analistas acreditam que a empresa consiga atingir a meta de um retorno sobre a carteira investida de 105% do CDI. Esse número pode soar agressivo, mas considerando o montante de dinheiro administrado por ela, pode ser possível, afirmaram os analistas.
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Para a Redecard, a atenção dos investidores estará voltada para a acordo de cooperação com a Hipercard, que é esperado para meados deste ano. Em consequência dele, a companhia ganharia participação de mercado de aproximadamente 4% a 5%, disseram Navarro e Schuetz.
Já para a Cielo, o fim da exclusividade em todas as bandeiras pode prejudicar a empresa no longo prazo, embora no curto prazo a companhia possa até ganhar. No mais, o mercado de cartões deve crescer entre 16% e 18% este ano; porém, esse número foi considerado um pouco modesto pelo Santander.
Confira as recomendações para as ações das companhias:
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Empresas | Recomendação | Preço-Alvo | Upside* |
---|---|---|---|
SulAmérica | Compra | R$ 22,00 | 32,77% |
Redecard | Compra | R$ 33,50 | 6,05% |
Cielo | Compra | R$ 52,40 | 2,75% |
*Upside: Potencial de valorização em relação ao fechamento da último quinta-feira (26)