Russo muda termos do cartão de crédito e banco assina sem ler contrato

Após receber um cartão de crédito sem pedir, Dmitry Agarkov alterou as condições em benefício próprio e enviou de volta para o banco, que assinou sem ler os novos termos

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Cansado de cláusulas abusivas escritas em letras minúsculas, muito utilizadas por bancos e instituições financeiras, o russo Dmitry Agarkov decidiu dar o troco no banco Tinkoff Credit Systems, em que tinha conta. As informações são do site Huffington Post.

Após receber um cartão de crédito sem ter solicitado e notar que havia termos em letras miúdas sobre taxas extras, ele escaneou o documento, alterou as condições de uso, em benefício próprio, e enviou de volta para o banco, que assinou sem ler as novas condições.

O que a instituição não sabia é que ela aceitou ceder um cartão de crédito ilimitado, sem juros e livre de taxas. O documento ainda incluía uma cláusula que obrigava o banco a pagar uma multa de US$ 90 mil caso não respeitasse as regras e uma multa de US$ 182 mil se cancelasse o cartão.

O russo usufruiu de seu cartão livre de taxas e juros por dois anos, até o banco entrar com uma ação contra o cliente por falta de pagamento das taxas. O caso foi parar no tribunal, que decidiu em favor ao Agarkov, exigindo que ele pagasse apenas o saldo do cartão.

Agarkov agora entrou com ação para receber cerca de US$ 914 mil, dinheiro pendente pelas multas do banco por não seguir as regras do acordo assinado, incluindo a taxa de quebra de contrato.