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Previdência privada arrecada R$ 147 bi e cresce 17,6% até setembro

Nos nove primeiros meses do ano, os resgates aumentaram 3,4%, menos do que a inflação no período, somando R$ 99,3 bilhões

Jamille Niero

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Os planos de previdência privada aberta no país arrecadaram R$ 146,9 bilhões ao longo dos nove primeiros meses do ano, um crescimento de 17,6% em relação ao mesmo período de 2023. É o que aponta relatório elaborado pela Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) divulgado nesta semana.

Na mesma base de comparação, os resgates aumentaram 3,4%, menos do que a inflação no período, somando R$ 99,3 bilhões. Ao descontá-los do valor arrecadado, tem-se a captação líquida de R$ 47,7 bilhões, aumento de 64,6%.

Em setembro de 2024, os ativos em planos de previdência privada ultrapassaram R$ 1,5 trilhão, o equivalente a pouco mais de 13% do PIB.

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“O cenário de recuperação do emprego e da renda contribuiu para os resultados do setor. Somado a isso temos o aumento da preocupação com o futuro, com a aposentadoria em particular, o envelhecimento e a necessidade de mais recursos financeiros por mais tempo”, contextualiza Edson Franco, presidente da Fenaprevi.

VGBL segue como favorito

Considerando os resultados obtidos por produto, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) recebeu a maioria dos aportes e foi responsável por 92% da captação total no período (cerca de R$ 135 bilhões).

Já nos planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) foram captados R$ 9,1 bilhões ou 6% do total arrecadado. Nos planos tradicionais de previdência privada aberta foram aportados R$ 2,2 bilhões no intervalo de tempo analisado.

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O VGBL é um tipo de plano de previdência privada voltado para quem é isento do IR (Imposto de Renda) ou utiliza o modelo simplificado para fazer a declaração.

A modalidade não permite a dedução do tributo da base de cálculo, mas possibilita que o imposto seja cobrado somente sobre os rendimentos, e não sobre o total acumulado, no momento do resgate. 

Já a modalidade PGBL é a mais indicada para quem entrega a declaração completa do IR, já que permite que o valor investido no plano seja deduzido em até 12% da renda bruta tributável que o contribuinte recebeu no ano.

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Número de participantes em alta

Ainda segundo a Fenaprevi, 11,2 milhões de pessoas possuíam planos de previdência privada aberta em setembro de 2024, o que corresponde a 7% da população com 18 anos ou mais no Brasil. É um crescimento de 1,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

“A população com cobertura previdenciária privada aberta segue em crescimento, mesmo que gradual, mostrando que se trata de um produto desejado pela sociedade. Os planos PGBL e VGBL atendem a todas as classes sociais, sendo que quase metade das pessoas por eles protegidas são da classe C”, afirma Franco, acrescentando que ainda há uma grande lacuna de proteção previdenciária no país.

No Brasil, hoje existem mais de 14 milhões de planos de previdência privada aberta, sendo que 80% são da modalidade individual, enquanto os demais 20% estão na modalidade coletiva.

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Segmentando a análise por produto, percebe-se o VGBL como o favorito (são 8,9 milhões de planos, representando 63% do total). O PGBL foi a opção escolhida em 22% dos planos comercializados (o que corresponde a 3,1 milhões de planos) e os demais 15% (2,2 milhões) são planos tradicionais.

Jamille Niero

Jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa