A macarronada vai ter que ser com molho branco; tomate lidera alta dos preços

Inflação desacelerou, mas valor dos alimentos subiram mais do que o índice geral; veja lista do que está mais caro

Juliana Américo Lourenço da Silva

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SÃO PAULO – O mês de abril registrou desaceleração de 0,71% na inflação oficial do País, calculada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Esta foi a menor variação mensal do ano, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No grupo de alimentação e bebidas, a inflação também enfraqueceu, passando de 1,17% em março para 0,97% no mês passado. Porém, mesmo com a diminuição, alguns alimentos registraram aumentos expressivos.

O destaque vai para o tomate, que registrou uma alta de 17,9% no período, sendo que a variação acumulada no ano já chega a 48,65%. Em seguida, aparecem a cebola (7,05%) e o feijão-mulatinho (6,55%).

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Por outro lado, a maior variação negativa foi da batata-inglesa (-10,02%), seguida pela mandioca (-8,38%).

Veja abaixo os produtos que tiveram as maiores altas e baixas de preço:

Maiores altas
Item Variação (Abril) Acumulado (Ano)
Tomate 17,9% 48,65%
Cebola 7,05% 47,84%
Feijão-mulatinho 6,55% 24,04%
Leite longa vida 4,80% 2,84%
Alho 4,74% 19,28%
Açaí 3,96% 26,37%
Pescado 3,12% 9,79%
Óleo de soja 2,84% 8,40%
Sorvete 2,24% 1,23%
Carne seca e de sol 1,85% 4,30%
Pão francês 1,75% 4,05%
Doces 1,61% 5%
Café moído 1,38% 3,42%
Refeição fora 1,19% 3,73%
Queijo 0,87% 2,91%
Frutas 0,72% 6,74%
Carnes 0,63% 2,06%
Lanche fora 0,62% 5,25%
Maiores baixas
Item Variação (Abril) Acumulado (Ano)
Fonte: IBGE
Batata-inglesa -10,02% 15,41%
Mandioca (aipim) -8,38% 6,49%
Farinha de mandioca -2,78% 5,76%
Feijão-preto -2,26% 4,72%
Feijão-carioca -1,61% 28,24%
Cenoura -1,50% 27,97%
Frango inteiro -0,82% -0,98%
Arroz -0,82% 0,56%
Cerveja -0,33% 0,83%
Ovos -0,30% 17,96%

Crise do tomate
Essa não é a primeira vez que o tomate se torna um vilão para o bolso dos consumidores. Em 2013, o preço do fruto teve altas que ultrapassavam os 100%, quando comparado com o ano anterior.

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Na época, restaurantes, sobretudo os italianos, alteraram os cardápios para tentar contornar o valor exorbitante; além de o alimento ter sumido das mesas dos brasileiros. O produto também foi preocupação no final do primeiro mandado da Presidente Dilma Rousseff, já que a indicava a alta da inflação.