Consumidor de baixa renda gastou mais com produtos e serviços em outubro

No mês passado, o IPC-C1 registrou alta de 0,73%; variação 0,57 ponto percentual maior que a apurada um mês antes

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – Em outubro, a inflação medida pelo IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) aumentou de 0,16% em setembro para 0,73% no décimo mês deste ano, uma diferença de 0,57 ponto percentual. O resultado, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (12), deve-se aos grupos Alimentação, Transportes, Habitação, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Despesas Diversas e Comunicação.

Na comparação com a inflação geral, medida pelo IPC-BR, o percentual apurado no IPC-C1 no mês passado está, 0,18 ponto percentual acima da inflação gera, que ficou em 0,55% em outubro. Nos últimos doze meses, contudo, o índice acumula variação de 4,97%, enquanto que o IPC-BR registra taxa de 5,36%. Já no acumulado do ano, as variações são de 3,72% e 4,20%, respectivamente.

O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais.

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Grupos
Segundo a FGV, entre novembro de 2012 e outubro de 2013, a taxa do grupo Alimentação ficou em 8,66%. O resultado é maior do que o apurado nos últimos 12 meses até setembro, quando a variação foi de 8,59%. Na apuração mensal, a taxa do grupo passou de -0,16%, registrada no nono mês de 2013, para 1,13%, no mês passado, contribuindo para a alta apurada no resultado do IPC-C1 no período.

Outros grupos que impactaram o resultado do índice foram: Transportes (-0,27% para 0,26%) refletindo a variação das tarifas de ônibus urbano (-0,48% para 0,49%); Habitação (0,53% para 0,69%), com impacto do gás de bujão (1,24% para 2,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,58%), que sentiu a aceleração nos preços dos artigos de higiene e cuidado pessoal (0,37% para 1,05%), Educação, Leitura e Recreação (0,14% para 0,60%), que foi influenciado pelo item salas de espetáculo (-0,58% para 0,64%), Despesas Diversas (0,05% para 0,26%), que refletiu a alta de alimentos para animais domésticos (0,18% para 1,52%) e Comunicação (0,07% para 0,44%), por conta do acréscimo na tarifa de telefone móvel (-0,23% para 1,16%).

No caso dos Alimentos, a principal influência para o resultado do mês partiu de hortaliças e legumes, de -13,63% para 0,34%.

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Outros grupos
Com movimento contrário no mês ficou o grupo Vestuário (0,90% para 0,69%). Neste caso, a principal influência partiu do item calçados, cuja taxa passou de 0,95% para 0,20%.