Seca impulsiona preço das carnes para o consumidor, diz FGV

Alta no preço das rações dos animais é o principal motivo que afeta o preço final das proteínas

Fabiana Pimentel

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SÃO PAULO – A seca que atingiu o meio oeste americano já impacta na mesa dos brasileiros. Com o preço alto das rações, o preço das carnes tem sofrido reajustes consecutivos.

De acordo com o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) realizado pelo Ibre/FGV, a soja e o milho utilizados como rações têm seus preços balizados no mercado internacional e acumulam até agosto deste ano, altas de 84,75% e 18,43%

Segundo o indicador, o preço da ração para frangos, suínos e gado confinado avançou 16,74% no mesmo período. E, embora o preço da carne de boi seja menos sensível ao preço das rações, ela também está avançando.

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Preços em elevação
De acordo com o IPC-S da segunda quadrissemana de setembro, o preço do frango inteiro subiu 4,28%, mas ainda há espaço para novos aumentos, cuja média pode chegar a 5,50% no final de setembro, revela o economista do IBRE/FGV, André Braz.

Segundo Braz, os preços das carnes suínas não sustentam vigor semelhante, mas ainda podem subir mais do que os 3,48% apurados pelo IPC-S da segunda quadrissemana. Por fim, as carnes bovinas, que já subiram quase 2%, devem continuar em alta. Até o final do mês, o reajuste médio poderá chegar a 3%.

Além dos aumentos registrados pelas carnes, outros alimentos importantes também estão com preços em alta. Este é o caso do arroz (5,28%), de panificados e biscoitos (1,91%) e dos laticínios (1,05%). Todos esses alimentos podem continuar a subir em setembro.

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O tomate, vilão do bolso do consumidor por quase três meses, período em que subiu em média mais de 80%, contribuiu para a recente aceleração das despesas com alimentos. Neste mês, o tomate está começando a devolver os aumentos influenciados pela abrupta redução de oferta nos meses mais frios.