Paralisação: médicos não vão atender a planos de saúde na segunda

Objetivo é chamar a atenção da sociedade e das autoridades para os problemas que afetam a saúde

Nara Faria

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SÃO PAULO – Os médicos do Estado de São Paulo suspenderão a prestação de serviços a planos de saúde na segunda-feira (7). O movimento reivindica o acesso pleno dos pacientes à assistência de qualidade, o fim das interferências das operadoras no exercício da medicina, além da valorização de honorários de consultas e procedimentos. 

Outras duas categorias profissionais, fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas, também participarão do protesto. Os atendimentos de urgência, emergência e serviços oncológicos continuarão funcionando normalmente. Será realizada durante a paralisação uma campanha de doação sangue na capital. 

De acordo com a categoria, o objetivo é chamar a atenção da sociedade e das autoridades para os problemas que afetam a saúde. No caso da saúde suplementar, a reivindicação é pela recomposição de honorários, o fim da intervenção antiética das operadoras na autonomia profissional e a readequação da rede credenciada, para que seja garantido o acesso pleno e digno dos pacientes à assistência contratada.

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No setor público, os protestos pedem mais recursos para o setor, com reajuste imediato da tabela SUS (Sistema Único de Saúde) e a aprovação do projeto que pede a vinculação de 10% da receita bruta da União à saúde. Também é cobrada a criação de uma carreira pública e a desprecarização do trabalho médico.

“Será um movimento geral pela melhoria da saúde da população. No caso da saúde suplementar, vamos advertir as operadoras, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ao próprio governo que os médicos estão impacientes. Não queremos prejudicar o paciente, por isso queremos que o governo se posicione na defesa da população e dos profissionais de saúde”, defende o coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu) e 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá.

Durante a paralisação, a APM (Associação Paulista de Medicina) colocará no ar um hotsite, abrigado em seu portal www.apm.org.br, com informações sobre os principais problemas do setor, entre outras, além de um 0800 para denúncias de médicos e profissionais da saúde sobre os planos de saúde. Os canais para reclamações são 0800 173 313 e saude@apm.org.br.

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Manifestações em outros estados
Além de São Paulo, o movimento dos profissionais da categoria terá o apoio e adesão de outros estados brasileiros, que já anunciaram a programação para a próxima segunda-feira. No Rio de Janeiro, a categoria realizará uma suspensão relâmpago de atendimentos também no dia 7 de abril. No período do protesto, previsto para acontecer pela manhã na Cinelândia, haverá paralisação dos serviços eletivos, sendo mantido os atendimentos de urgência, emergência e oncológicos.

No Pará, haverá paralisação por um dia no atendimento ambulatorial, nas áreas pública e privada, mantendo-se apenas os atendimentos de urgência e emergência. Em Pernambuco, a categoria deve expor os planos de saúde que não adotam a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos).  No Acre, será realizado um ato público em frente ao Palácio Rio Branco. Em Minas Gerais está sendo organizado um ato público da categoria em frente à Assembleia Legislativa do Estado.