Veja como proteger o seu dinheiro da inflação

Estratégias podem proteger seu dinheiro da inflação e impedir que você sofra tanto com a alta dos preços

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SÃO PAULO – O CVCS (Custo de Vida por Classe Social) encerrou o primeiro semestre do ano com variação de 6,24%. Apenas em junho, a alta foi de 0,91%, a maior desde março de 2015, de acordo com dados da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Os grupos de habitação e transporte, que, somados, representam pouco mais de 38% do total consumido pelas famílias,  continuam como as principais influências de alta: aumentos de 1,27% e 0,97%, respectivamente.

As atividades de despesas pessoais (2,40%) e saúde (0,97%) também contribuem com a aceleração do indicador, além do crescimento em alimentação e bebidas, que encerrou o mês com variação de 0,48%.

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Com tudo isso, é muito difícil que o consumidor não esteja sentindo o peso da inflação no bolso. De acordo com o site Meu Bolso Feliz, apesar de a alta nos preço não dar trégua, há maneiras de amenizar os efeitos dela na carteira.

Veja abaixo 10 estratégias, elaboradas pelos especialistas, para proteger seu dinheiro da inflação e fazer o salário voltar a sobrar no fim do mês:

1- Entenda os seus gastos e organize as finanças
Para saber como economizar, é preciso antes entender como você vem gastando o seu dinheiro. Com este levantamento em mãos, você conseguirá perceber quais compras acabam sendo em excesso.
Feito esse diagnóstico, pergunte-se: “como posso reduzir meus gastos?”. Neste momento, tenha sangue frio e reconsidere, ao menos nesta época de crise e inflação alta, hábitos que geram mais gastos do que pode se dar ao luxo neste período. “É hora de reduzir os jantares em restaurantes, presentes fora de datas especiais e, mais importante do que tudo, as compras por impulso”, ensina o educador financeiro José Vignoli. 

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2- Mude a forma como usa o cartão de crédito
Segundo pesquisa do SPC Brasil, 57% inadimplentes estão com faturas atrasadas no cartão de crédito, sendo que 46% se encontram com o nome sujo por conta dessa pendência não quitada.
“O cartão de crédito é conveniente porque viabiliza a compra na hora, mesmo que o consumidor não disponha de dinheiro no momento. Com os preços mais altos, ‘deixar para pagar depois’ acaba sendo uma ‘solução’. O problema é que as consequências podem ser devastadoras para a conta bancária de quem não se organiza”, alerta Vignoli. Assim, evite recorrer ao cartão de crédito como recurso para comprar o que deseja, quando não tem dinheiro para isso. “O cartão só é vantajoso para quem tem controle para não gastar mais do que efetivamente possa pagar”, conclui.

3- Invista no lugar certo
Quanto maior a inflação, mais se perde ao deixar o dinheiro poupado parado na conta corrente. “Também a poupança, apesar da vantagem de ser isenta de Imposto de Renda e taxas de administração, atualmente rende menos do que a inflação. Ou seja, deixar dinheiro nesta aplicação definitivamente não é uma boa ideia neste momento”, explica Vignoli. Bons investimentos no atual cenário econômico são os em renda fixa, como títulos do tesouro ou fundos de investimento e outros produtos financeiros (LCI, LCA e CDB).

4- Pesquise preços
Hoje em dia, com a facilidade da internet, pesquisar preços está mais fácil. E a prática, em momentos de crise, é uma das grandes aliadas do bolso do brasileiro. “Pesquisar preços é uma tarefa que todo consumidor deve fazer antes de ir às compras. Lojas físicas, sites e até aplicativos ajudam a economizar, não tem nem a desculpa da preguiça”, enfatiza Vignoli.

5- Substitua itens e hábitos
Uma forma de reduzir o impacto da inflação sobre o seu orçamento é cortar os produtos que você percebe que estão ficando mais caros e substituí-los por outros produtos ou similares de outras marcas. “Avalie quais gastos são essenciais e não podem ser mudados e quais, embora necessários, podem ser substituídos por equivalentes mais baratos”, diz o educador financeiro. Um exemplo é o almoço no trabalho. Que tal cozinhar em casa e levar uma marmita?
Vale também repensar o hábito de passear em grandes centros de consumo, como shoppings ou supermercados. Em especial se tem dificuldade em resistir às vitrines e estantes tentadoras. “Se a grana está curta, é melhor evitar a ida a esses lugares, a não ser que necessite de algo”, alerta Marcela Kawauti, economista do SPC Brasil.

6- Pechinche
A medida em que os preços sobem, também deve aumentar a famosa “cara de pau” na hora de pagar por produtos ou serviços. Afinal, dificilmente o seu salário aumentará tanto quanto a inflação oficial (nos últimos 12 meses, o índice atingiu 8,47 %). “Fica difícil pedir um desconto no supermercado? Pois que tal comprar a carne no açougue, muitas vezes negociando direto com o dono?” ensina Vignoli. Só não caia na ilusão de achar que possibilidade de parcelar a compra é desconto. Desconto é quando o preço diminui e este deve ser o objetivo na hora da pechincha.

7-  Estoque produtos em promoção
Produtos que a família consome com frequência e com data de validade longa podem ser estocados – mas apenas se encontrá-los em promoção. “Por exemplo, um pacote de fraldas que está muito barato. Para quem tem um bebê, gastar um pouco mais, mas evitar gastar mais ainda no futuro é um bom negócio”, diz o especialista.

8-  Aproveite as estações do ano para economizar
Consultar a tabela sazonal de produtos hortifrútis é uma excelente forma de substituir os alimentos que estão mais caros no mercado e economizar. Além disso, os produtos de época oferecem uma qualidade maior em relação ao produto nos demais meses do ano, uma vez que seu processo de maturação é natural. Para ver um gráfico de sazonalidade de produtos hortifrútis acesse o portal da CEAGESP.

Da mesma forma que comprar produtos na safra é economicamente vantajoso, adquirir itens de vestuário fora de época pode ser igualmente bom para o bolso. É o caso, por exemplo, de roupas e calçados. Investir em casacos e botas de frio durante o verão, período em que, devido à baixa procura, as peças estão mais baratas, pode ser um ótimo negócio.

9- Planeje o seu lazer
Em primeiro lugar, é importante entender que até sua diversão deve ser programada e planejada. Para isso, o primeiro passo é estipular quanto tem para gastar mensalmente. “O limite do lazer ajuda a não extrapolar o orçamento. Em segundo lugar, assim como fazemos na troca de marcas no supermercado, dá para fazer a troca de um tipo de lazer mais caro por um mais barato”, explica Marcela. É possível, por exemplo, trocar o cinema, cujo valor inclui o estacionamento, pipoca e ingresso, por ver um filme em casa.

10- Procure pagar à vista
“Comprando à vista não se paga os juros das parcelas e ainda dá para negociar o preço do produto, conseguindo um desconto”, diz Marcela. Além disso, você consegue controlar melhor as finanças, minimizando o risco de ter que lidar com várias parcelas acumuladas no futuro, contabilizando um valor que talvez não tenha como pagar.