Nova York, Cingapura e Tel Aviv: as 10 cidades com o custo de vida mais caro do mundo; veja ranking

Nova York e Cingapura ocupam juntas o primeiro lugar entre as cidades com o maior custo de vida do mundo, segundo estudo da revista britânica The Economist chamado “O Custo de Vida Mundial”, em tradução livre, que é elaborado pela unidade de pesquisa da empresa, a The Economist Intelligence Unit (EIU).

Cingapura já é uma veterana na posição: ficou em primeiro lugar nas edições de 2014 a 2019. Porém, é a primeira vez que Nova York lidera o ranking. Tel Aviv, em Israel, que ficou em primeiro lugar no ano passado, caiu para o terceiro.

Entre os pontos que fizeram a cidade americana e de Cingapura despontarem na frente estão a moeda forte — o dólar americano e o dólar de Cingapura —, e uma taxa de inflação alta que impactou os custos.

O ranking é resultado de um índice que atribui uma nota final a cada cidade. Essa nota compara os custos em dólares americanos com os preços de mais de 200 produtos e serviços divididos em dez categorias em 172 cidades ao redor do mundo.

Entre as categorias estão: preços de comida, bebida, roupas, itens de higiene pessoal, transporte, contas de serviços públicos, escolas particulares, entre outros.

Os dados foram coletados entre 16 de agosto e 16 de setembro deste ano, e o resultado da pesquisa foi publicado na quarta-feira (30 de novembro).

O estudo mostra que o custo de vida global subiu, em média, 8,1% de 2021 para 2022 por causa da guerra na Ucrânia e pela política restritiva de “Covid-zero” na China. Os dados mostram que essa alta é a maior para o período nos últimos 20 anos.

“A guerra na Ucrânia, as sanções ocidentais à Rússia e as políticas de Covid zero da China causaram problemas na cadeia de suprimentos que, combinados com o aumento das taxas de juros e mudanças nas taxas de câmbio, resultaram em uma crise de custo de vida em todo o mundo”, afirma Upasana Dutt, chefe de custo de vida mundial da EIU, no comunicado à imprensa.

O ranking de 2022 tem muitas semelhanças com o do ano passado. Houve uma única mudança: Osaka, no Japão, saiu do top 10 e entrou São Francisco, nos Estados Unidos.

Já Paris, que no ano passado figurava em segundo caiu para a 9ª posição; Copenhage, na Dinamarca, caiu de 8º para o 10º lugar. Os Estados Unidos aparecem com três cidades na lista.

Veja o ranking:

Na metodologia do ranking, os economistas da EIU convertem os preços de todas as categorias para o dólar americano e para efeitos de comparação utilizam Nova York como cidade base, ou seja, a cidade que possui uma nota no índice de 100 pontos considerando as categorias. A cidade foi referência em todas as edições anteriores.

O estudo também destaca as cidades que mais subiram de posição no ranking. Embora não estejam no top 10, se destacam por apresentarem uma alta considerável no custo de vida no último ano.

São elas: Moscou e São Petersburgo, que subiram no ranking em 88 e 70 posições, respectivamente. Segundo o estudo, a guerra com a Ucrânia incluindo questões como controles de capital, supressão de importações e a conversão dos pagamentos de gás europeus em rublos estão mantendo a moeda valorizada.

Enquanto isso, os preços locais foram impulsionados pelas sanções ocidentais impostas depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022. De acordo com o estudo, a inflação em Moscou teve alta de 17,1%  e São Petersburgo subiu 19,4%.

E as cidades mais baratas?

A pesquisa também destaca o grupo de cidades mais baratas. De forma geral, elas ficam localizadas no Oriente Médio, na África e na Ásia.

Entre as cidades mais baratas em termos de custo de vida em 2022 estão Damasco, na Síria; Tripoli, na Líbia; Teerã, no Irã; Colombo, capital do Sri Lanka; Bangalore, na Índia; Argel, capital da Argélia; e Chennai, também na Índia.

A Índia conta com 3 cidades no ranking das mais baratas.

Um destaque da lista é que as cidades mais baratas são, via de regra, as capitais ou cidades muito populosas dos países.

Veja o ranking: