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SÃO PAULO – Na hora de investir em fundos, a maioria dos brasileiros ainda opta pelos fundos DI ou de renda fixa, refletindo a boa relação entre risco e rentabilidade que apresentam. No entanto, com a expectativa de queda das taxas de juros, muita gente começa a procurar novas alternativas, acompanhando outros mercados, como o de ações ou câmbio, por exemplo.
Para quem quer diversificar, os fundos multimercados podem aparecer como uma alternativa interessante. Além de permitirem a aplicação em diversos mercados ao mesmo tempo, o que pode facilitar a vida de quem tem menos para investir, eles também são oferecidos em diversas categorias, indo mais ao encontro do perfil de cada investidor.
Maior flexibilidade ao gestor
De forma geral, os multimercados podem ser definidos como aqueles fundos que têm a liberdade para aplicar em diversos mercados, dependendo das perspectivas do gestor. Ou seja, em um momento em que haja expectativa de valorização do dólar, o gestor pode aumentar a parcela deste ativo na carteira do fundo, melhorando a rentabilidade.
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Eles não possuem intervalos de alocação pré-determinados, o que significa que, dependendo do tipo de fundo, o gestor pode destinar parte dos recursos da renda fixa para o mercado de ações, por exemplo. Aliás, é esta capacidade de mobilidade dos recursos que os tornam mais atrativos.
Além de apresentarem maior flexibilidade na hora de buscar uma rentabilidade mais elevada, os multimercados também podem calibrar os riscos de acordo com o perfil do investidor. Isso ocorre porque existem diversas categorias de fundos multimercados, cada uma atendendo perfis diferenciados de risco.
Diversas categorias
Dentro da classificação de fundos adotada pela Anbid (Associação Nacional de Bancos de Investimentos), que coordena os esforços de auto-regulação da indústria de fundos, existem seis diferentes categorias de fundos multimercados. Cada uma delas apresenta limitações diferentes de alocação de carteira, o que favorece a decisão dos investidores.
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- Multimercados Sem Renda Variável – são os fundos que buscam retorno de longo prazo através do investimento em vários tipos de ativos (como renda fixa, câmbio, etc), com a exceção da aplicação em ações. Além disso, não podem investir em derivativos ou outros ativos que aumentam sua alavancagem.
- Multimercados Com Renda Variável – como o nome indica, além de aplicarem em câmbio e renda fixa, estes fundos podem também alocar parte de sua carteira em investimentos em renda variável, como no mercado de ações. Também não permitem alavancagem.
- Multimercados Sem Renda Variável Com Alavancagem – podem investir nas mesmas classes de ativos dos multimercados sem renda variável, porém não têm restrições no uso de alavancagem. Desta forma, apresentam maiores possibilidade de ganhos, embora também possam registrar um perfil de risco mais elevado.
- Multimercados Com Renda Variável Com Alavancagem – dentro de um escala crescente de risco, além de poderem investir em renda variável, não têm limitações no uso de alavancagem. São mais recomendados para investidores de perfil mais agressivo.
- Balanceados – ao contrário dos demais multimercados, os balançados não podem alterar sua carteira com tanta liberdade, já que devem ter explicitado o percentual de cada classe de ativos. Em muitos casos, são estruturados de forma a utilizar os recursos na aquisição de cotas de outros fundos, como, por exemplo, alocando uma parte definida em um fundo de renda fixa e outra parcela em um fundo de ações. Além disso, não permitem alavancagem.
- Capital Protegido – recomendados para investidores mais conservadores, buscam proteger total ou parcialmente o capital investido. Para tal, investe uma parcela significativa de sua carteira em ativos de baixo risco, usando uma parcela em mercados mais voláteis, buscando garantir uma rentabilidade mais atraente.
Risco e retorno
Por apresentarem maior flexibilidade e alternativas de investimento, os fundos multimercados devem ser analisados com mais atenção pelos investidores. Dependendo da categoria ou da estratégia adotada pelo gestor, estes fundos podem mostrar perfis de risco ou rentabilidade muito diferentes entre si.
Portanto, é fundamental que, além de entender em qual categoria o fundo é classificado, o investidor deve analisar com atenção o prospecto e o regulamento do clube. Nestes documentos, o aplicador irá encontrar detalhes das políticas de investimento do fundo, que pode dar uma boa idéia se o perfil de risco é adequado ou não aos seus objetivos.