Quanto mais o tempo passa, mais a educação financeira se aprimora, diz especialista

Executivo do SPC Nacional diz que números sobre dívidas comprovam que quanto mais velhos ficamos menos consumimos por impulso

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A experiência que adquirimos ao longo da vida nos faz lidar melhor com o dinheiro. É essa a afirmação do superintendente do serviço de proteção ao crédito, SPC Nacional, Nival Martins, para justificar o fato de que, atualmente, as mulheres com menos de 24 anos são as mais endividadas do País.

“Essas garotas estão iniciando a vida de consumidoras e muitas ainda estão no início da carreira. Elas ainda têm dificuldade de lidar com o crédito, com os gastos e com a organização de seu orçamento, por isso as dívidas”, afirma o executivo. 

Ainda segundo Martins, outra prova de que o tempo nos faz lidar melhor com a vida financeira, é que entre os brasileiros com faixa etária entre 40 e 49 anos, as dívidas são maiores com serviços financeiros do que com o comércio. “Essa é uma prova de que essas dívidas não foram causadas por uma compra por impulso, ou por um descontrole. Normalmente, as dívidas com serviços financeiros são resultantes de uma emergência em que a pessoa precisa pedir dinheiro ao banco, por causa uma doença na família, algo nesse sentido. Nessa faixa etária temos maior educação financeira, aprendemos com a experiência e nos endividamos menos por impulso”.

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Mulheres x homens
Ainda segundo o SPC Nacional, as mulheres continuam sendo mais endividadas que os homens, porém são eles que possuem as dívidas de maior valor.

“Na pesquisa aparece que há maior número de mulheres entre os endividados por dois motivos: o primeiro é que elas são maioria no Brasil, ou seja, há mais mulheres comprando e contratando serviços. O segundo motivo é que não podemos negar que há um fator emocional que as fazem comprar mais”. 

Com relação as dívidas de maior valor – eles são maioria nas dívidas com parcelas superiores a R$ 500. Martins diz que isso acontece porque ainda são os homens que assumem os financiamentos mais caros da família. “Mesmo que o financiamento utilize a renda de todos os membros da família, quando se compra uma casa, ou um carro, ainda é mais comum que essas dívidas fiquem no nome dos homens”, finaliza.