“Dados são nosso filé mignon”: a estratégia da Lopes para manter a liderança e se firmar como proptech e fintech

Diretor institucional e DRI da companhia participaram de live do InfoMoney e comentaram o que a levou a ter seu melhor trimestre desde 2013

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Com uma base de 9 milhões de clientes , a Lopes (LPSB3) aposta no alto volume de dados para, por meio da tecnologia, continuar ajudando os brasileiros a encontrarem sua casa própria — gerando lucro ao negócio. A empresa pretende ampliar seu market share nas três unidades de negócio: intermediação das operações próprias com imobiliárias, franquias e com a CrediPronto, uma fintech em parceria com o Itaú, por meio da qual concede crédito imobiliário.

“Nossa missão é ajudar as pessoas a encontrarem o seu lugar. Como que eu faço mais pessoas encontrarem seu lugar através da Lopes? Esse é o nosso objetivo. Se a gente conseguir perceber que os nossos números estão crescendo, que os nossos indicadores estão melhorando em todas as frentes, é sinal que estamos no caminho certo”, disse Matheus Fabricio, diretor de relações com investidores da companhia, em live do InfoMoney.

“Os outros vão fazer suas estratégias diferentes. Vão ter algumas vantagens e vão ter algumas desvantagens muito grandes por serem novos, por não terem uma marca reconhecida, por não terem tanto banco de dados como a Lopes tem. Vai cada um fazer o seu trabalho. Nosso objetivo sempre é crescer, é ter a liderança de mercado e, principalmente: não abriremos mão de rentabilidade. Gerar valor ao acionista é uma coisa que diferencia a Lopes de outras empresas. Nós temos um compromisso com o acionista minoritário que aposta na companhia. Nós não vamos tirar o olho da lucratividade, qualquer que seja a nossa estratégia de crescimento”, completou.

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A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Fabricio comentou sobre o programa de recompra de ações anunciado recentemente pela empresa, ressaltando que a Lopes está muito otimista para o futuro e com seus resultados. “Não vai impactar o caixa da empresa e tem um ano e meio para fazermos [a recompra das ações]”, afirmou o executivo.

Cyro Naufel, diretor institucional da Lopes, falou sobre a recente alta da taxa básica de juros, a Selic, e como ela pode impactar a demanda no setor imobiliário. “Quando veio a pandemia, os governos começaram a querer incentivar a economia, e abaixaram de forma significativa os juros. Aqui no Brasil não foi diferente, chegando a Selic em históricos 2% ao ano. É claro que a gente não imagina que uma taxa de equilíbrio para a economia brasileira seja em 2%”, disse.

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“É fácil de entender também que, enquanto a Selic estava em 2%, isso foi um fator excepcional de alavancagem para o mercado imobiliário, incentivando não só as aquisições no mercado primário como também no mercado secundário. Vale lembrar que a Selic regula o rendimento da poupança, que por sua vez é o funding da maioria dos financiamento imobiliários. Quando a Selic cresce, consequentemente você tende a ver um aumento das taxas do crédito imobiliário”, completou.

O executivo ressaltou, porém, que os principais bancos que fazem financiamento imobiliário no país estão demorando mais para repassar o aumento da Selic às taxas dos financiamentos por fatores como a maior concorrência entre as instituições financeiras, além do horizonte de longo prazo, já que as operações são de mais de 30 anos, por exemplo.

“Ainda é um patamar de taxa de financiamento bastante confortável para o mutuário. Ainda é um patamar de taxa de bastante incentivo para o mercado imobiliário. Em 2014, 2013, no boom do mercado imobiliário, a gente trabalhava com taxas de 14%. Enquanto os juros estiverem em um dígito, ainda é um patamar bastante interessante para a aquisição da casa própria. Vai continuar sendo, talvez, o menor juro de dívida que uma pessoa física pode contratar”, afirmou.

Naufel e Fabricio falaram ainda sobre a dinâmica no segundo mercado mais importante para a companhia, o Rio de Janeiro, sobre investimentos em tecnologia e inovação, sobre possibilidade de fusões e aquisições, sobre a meta de lançamento para 2021 (mais da metade já foi atingida) e sobre o que esperar para 2022. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.