Compras nos EUA: como calcular o preço para saber o que compensa comprar fora

Variáveis como a disponibilidade do produtos entre os países e a cobertura do benefício da garantia no Brasil devem ser levados em consideração antes de adquirir qualquer produto

Allan Gavioli

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SÃO PAULO – Ao planejar viagens para os Estados Unidos, os brasileiros já pensam em como e no que gastar seus dólares. Em geral, espera-se um mercado com preços mais acessíveis e competitivos, além de produtos de melhor qualidade, principalmente eletrônicos, roupas e perfumes.

Com a queda do dólar para o seu menor nível desde março (no dia 4 de julho, a R$ 3,80) e as férias de julho em seu início, a empolgação aumenta. Mas nem sempre compensa comprar produtos fora do país – principalmente quando o real está desvalorizado, como agora. Alguns cuidados básicos merecem toda a atenção, para além da conversão direta. 

A conversão correta

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Em geral, quando estamos diante de algum produto em uma loja americana, logo fazemos a conversão “preguiçosa” do preço para o real, multiplicando o valor do artigo pela cotação atual do dólar. Mas essa conta não mostra o valor final do produto.

Além de considerar o valor do dólar turismo em relação à moeda nacional, é preciso considerar as taxas das diferentes formas de pagamento e adicionar os impostos do estado em que a compra será realizada.

Em primeiro lugar, é necessário se atentar ao fato de que o preço nas etiquetas dos produtos nas lojas americanas corresponde aos valores livres de imposto. Logo, o valor da vitrine não é o mesmo que você vai pagar no produto.

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A partir disso, é importante ressaltar que cada cidade possui uma própria taxa sobre venda de produtos (a chamada sales tax). Separamos uma lista com as taxas de alguns dos principais destinos dos brasileiros nos Estados Unidos. Confira:

Nova Iorque, NY: 8,875% (para roupas, o imposto só entra em vigor em compras acima de US$ 110)
Orlando, FL: 6,5%
Miami, FL: 7% (algumas regiões chegam a 6%)
Las Vegas, NE: 8,25%
Los Angeles, CA: 8,7%
A lista completa pode ser conferida aqui.

O InfoMoney disponibilizou uma simples formula matemática para que você consiga saber com exatidão o real valor do produto em reais, e, assim, definir o que vai trazer na mala de viagem. Confira:

Confira alguns exemplos de comparações de preços entre o Brasil e os Estados Unidos em alguns dos produtos mais buscados pelos brasileiros nos sites oficiais das marcas, considerando dólar a R$ 3,89 (melhor cotação para dólar turismo encontrada pelo InfoMoney em 4 de julho de 2019).

MacBook Pro 15 polegadas – IntelCore i9, DDR4 de 16 GB com 2400MHz e SSD de 512 GB

Brasil: R$ 24.599,00
Estados Unidos: US$ 2.799,00
Preço final em NY (pagando em dinheiro): R$ 11.976,32
Preço final em NY (pagando em cartão) R$ 12.585,80 

iPhone Xs – tela de 6,5 polegadas, 512GB

Brasil: R$ 9.999,00
Estados Unidos: US$ 1.499,00
Preço final em NY (pagando em dinheiro):  R$ 6.413,87
Preço final em NY (pagando em cartão):  R$ 6.740,28 

Perfume Miss Dior Feminino Eau de Parfum 30ml

Brasil: R$ 299,00

Estados Unidos: US$ 169,00

Preço final em NY (pagando em dinheiro): R$ 719,17

Preço final em NY (pagando em cartão):  R$ 755,79 

Sony Noise Cancelling Headphones WH1000XM3

Brasil: R$ 1.709,99

Estados Unidos: US$ 310,95

Preço final em NY (pagando em dinheiro): R$ 1.330,45

Preço final em NY (pagando em cartão): R$ 1.398,17

Galaxy S10+ 1 TB | 12 GB RAM                                                                                  Brasil: R$ 8.999,00
Estados Unidos: US$ 1499,00
Preço final em NY (pagando em dinheiro): R$ 6.413,87
Preço final em NY (pagando em cartão): R$ 6.740,28 

Para além do preço

Variáveis como a disponibilidade do produtos entre os países e a cobertura do beneficio da garantia no Brasil também devem ser levados em consideração antes de adquirir qualquer produto.

Vale também lembrar que Estados Unidos utilizam um sistema de medidas diferentes do Brasil, logo, os tamanhos de roupa e o volume dos produtos líquidos, por exemplo, não são os mesmos daqui.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.