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SÃO PAULO – Entrou no ar nesta quarta-feira (20) a loja digital da Zara no Brasil. Entre os atrativos para os clientes, a plataforma já chega com prazos de entrega diferenciados, opção de retirada em loja e gratuidade no frete em compras a partir de R$ 199.
Clientes do Brasil inteiro já podem fazer compras diretamente pelo site ou pelos aplicativos no iOS e Android.
A página inicial do e-commerce permite escolher a navegação por categoria: Última semana (os lançamentos mais recentes); Mulher; TRF (linha jovem da marca); Homem; Infantil ou Mini. Também há abas para o programa Join Life, de coleta de roupas para reciclagem, e para os catálogos de coleções, em “Stories”.
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Não foram divulgadas datas de estreia de outros produtos, como os perfumes da marca ou os itens da Zara Home.
Clientes da Grande São Paulo têm a opção de receber o produto no mesmo dia da compra para pedidos realizados até as 15h de segunda a sexta-feira. Neste caso, o valor do frete é padronizado em R$ 20 e a entrega é realizada até as 22h.
Pedidos de menos de R$ 199 também têm frete padrão, de R$ 14. Na Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, essa entrega é feita até as 22h do dia seguinte para os pedidos realizados até as 15h, de segunda a sexta-feira.
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A opção por retirada nas lojas da rede é gratuita, mas nem todas as 57 lojas da rede estão habilitadas para retirada de pedidos a princípio.
Mudanças no mercado
Para marcas nacionais ou mais estabelecidas no país, a novidade representa acirramento de concorrência. Até então, a Zara competia apenas nos 17 estados em que tem lojas. Agora, chega mais perto do alcance de marcas como Riachuelo, Marisa, Renner e Hering, brasileiras que têm lojas online, e a holandesa C&A, que tem no Brasil um mercado importante.
A Inditex, dona da marca, divulgou em seu balanço mais recente um aumento de 27% nas vendas online, para 3,2 bilhões de euros. Nos mercados em que oferece as duas opções (lojas físicas e online), 14% das compras já são feitas pela internet. Também há 106 mercados em que a empresa opera apenas e-commerce.
Preço e agilidade ainda são problemas
Em quase todos os países em que tem presença, a Zara tende a ser uma varejista de massa. No Brasil, todavia, a realidade ainda é outra: a marca ainda é muito cara por aqui, principalmente por conta de uma tarifa de importação de 35%, de acordo com um relatório publicado no início do ano pelo Bradesco BBI. Vale lembrar que a Zara brasileira é a mais cara do mundo, de acordo com o mais recente Zara Index.
Também entra na conta o fato de a produção da empresa localmente corresponder a menos de 10% do volume de vendas, o que cria maiores dificuldades. “A Zara e outras varejistas de moda enfrentam outros desafios além das tarifas de importação”, diz o relatório. “Por exemplo, a infraestrutura fraca em portos e atrasos nas checagens significam que é difícil operar o modelo fast fashion, que requer que as empresas sejam ágeis”, complementa.
Considerando estes fatores, por mais que a presença da Zara seja ampliada, é pouco provável, de acordo com os analistas, que os preços e a rapidez da chegada das coleções nas lojas (essencial no mercado de moda) sejam tão competitivos por aqui quanto no resto do mundo, a não ser que a empresa inaugure outras fábricas no país.
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