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Celulares lideram lista de furtos e roubos, mas só 11% têm seguro no país

Coberturas variam entre 18% e 20% do valor do aparelho

Gilmara Santos

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O Estado de São Paulo registrou 3.486 roubos ou furtos de celulares durante o Carnaval deste ano, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Mesmo com os celulares liderando as estatísticas de bens mais citados em casos de furtos e roubos no país, diz o IBGE, apenas 11% dos donos de smartphone protegem seu aparelho com um seguro contra esses crimes, mostra a pesquisa ‘O Brasileiro e seu Smartphone’, do Panorama Opinion Box.

Marcel Giacon, diretor de digital, produtos e customer experience da Assurant, conta que o seguro para celular varia entre 18% e 20% do valor do aparelho e tem vigência de 12 meses. “É um produto que pode ser modulado com a necessidade do cliente. Podem ser contratadas diversas coberturas, como quebra de tela, furto, roubo ou dano”, diz o executivo.

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A Porto, por exemplo, oferece quatro opções de planos, e o cliente pode selecionar aquele que melhor atende suas necessidades, como:

Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) apontam que, até 2022, o país contava com cerca de 252 milhões de celulares ativos.

Ocorrências só crescem

Não é apenas no Carnaval que as ocorrências de roubos e furtos de celulares crescem. Nos demais meses do ano, os índices relacionados aos dois crimes continuam elevados.

O estado de São Paulo, por exemplo, anotou 116.819 celulares roubados em 2022, um média mensal de 9.734 registros. O número integra levantamento realizado pelo Departamento de Economia do Crime, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), que mapeia o problema.

Ao todo, foram registrados 65.704 boletins de ocorrência de roubo, aumento de 34,81% em relação a 2021. As ocorrências de furto (51.115) registraram alta de 54,6%.

“É fundamental que as pessoas estejam atentas à segurança de seus pertences e tomem medidas preventivas para evitar serem vítimas desse crime. Com esses dados em mente, é possível reforçar a importância da conscientização e da prevenção contra o roubo de celulares, que tem afetado a vida de inúmeras pessoas em todo o estado de São Paulo”, diz Erivaldo Vieira, pesquisador responsável pelo levantamento da Fecap.

O que fazer?

Wanderson Castilho, perito em crimes digitais e CEO da Enetsec, dá duas dicas para reduzir o risco do aparelho ser roubado ou furtado. Confira:

“Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), uma das irregularidades mais comuns é o roubo de senha enquanto o cliente digita. Na hora do cliente pagar por uma bebida/comida, por exemplo, o criminoso se aproveita e presta atenção na senha que é digitada”, alerta o especialista.

Por fim, aconselha Castilho, desative o pagamento por aproximação, principalmente em lugares mais aglomerados. “Caso leve carteira, tenha a menor quantidade de documentos e cartões dentro dela. E sempre em lugares mais ocultos para evitar o roubo”, diz.

Veja outras recomendações

1 – Redobre a atenção ao utilizar o celular na rua e nos transportes
Se isto for realmente necessário, fique numa posição em que consiga ver todo o ambiente em seu entorno. Evite deixar o aparelho à vista de janelas. No automóvel, mantenha-o longe do painel do veículo ou nos suportes de para-brisa.

2 – Cuidado ao guardar o aparelho
Evite deixá-lo sobre mesas ou no bolso traseiro. E quando guardá-lo em mochilas e bolsas, feche-as bem e as mantenha à frente do corpo.

3 – Utilize senha ou código de bloqueio para destravar o celular e aplicativos bancários
A Febraban recomenda evitar os métodos de reconhecimento facial ou digitais para desbloquear aplicativos bancários, pois alguns aparelhos têm brechas que possibilitam a alteração com facilidade em caso de furto. Use senhas ou códigos de bloqueio, mas evite desenhos simples e óbvios demais e tome cuidado ao desbloqueá-lo em público.

Assim, caso o aparelho for perdido ou, pior, furtado ou roubado, o criminoso terá dificuldade em acessar os dados que, por sua vez, poderão ser apagados remotamente.

4 – Evite deixar o e-mail logado no celular
O e-mail é um dos meios mais eficazes para alterar senhas rapidamente em um celular desbloqueado. Evite mantê-lo logado automaticamente no aparelho.

5 – Guarde os detalhes do aparelho
Faça um registro de todas as informações importantes do aparelho e mantenha-as em um local seguro. São elas:

O IMEI é fundamental para registro no Boletim de Ocorrência em caso de roubo ou furto. Para acessar o seu IMEI, procure na etiqueta da caixa do celular, no adesivo que fica atrás da bateria, ou digite *#06# no celular e aperte a tecla “ligar”.

6 – Atente-se às opções de seguro disponíveis no mercado

No final do dia, todos estão sujeitos ao risco de roubo ou furto de seus aparelhos. Por isso, contratar um seguro também é uma boa medida de prevenção. Hoje, há diversas opções de seguro no mercado, tanto para aparelhos celulares quanto transações eletrônicas indevidas.

Há opções que podem cobrir reparos causados por danos acidentais, como quebras, e permitem a indenização se o objeto não tiver conserto ou em caso de roubo ou furto qualificado. Há também seguro para cobertura de operações eletrônicas indevidas, via TED, DOC e Pix com algumas instituições bancárias parceiras, com indenização aos clientes no caso de transferências indevidas sob coação, extorsão ou sequestro.

Veja também 1º episódio do vídeocast “Tá Seguro”

E se o aparelho for roubado?

Troque as senhas e desconecte contas
Troque as senhas de acesso ao ID do Google ou Apple e desconecte as contas de aplicativos instalados (e-mail e redes sociais).

Bloqueie o IMEI
Bloqueie o IMEI junto à operadora para que suas funções sejam automática e completamente desativadas de forma remota.

Apague os dados remotamente
Encontre, o mais rápido possível, outro aparelho celular, computador ou tablet para apagar os dados também remotamente. De acordo com o site da Serasa, para fazer isso, acesse o site com nome e senha associado à conta do aparelho celular.

Se for no sistema Android, quando aparecer o mapa de localização, basta clicar em “Limpar Dispositivo” no menu à esquerda; se for IOS, após login, é preciso clicar em “buscar iPhone”; assim que aparecer o mapa de localização, clicar em “Apagar iPhone”.

Registre um Boletim de Ocorrência
Para quem tem seguro, é sempre recomendável fazer um B.O. O documento é imprescindível na análise da cobertura e posterior indenização.

Fontes: Zurich Seguradora e Serasa

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Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC.