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SÃO PAULO – Em 2008, a CSU CardSystem (CARD3) conseguiu reverter dois anos de prejuízo acumulado e agora desfruta de uma situação confortável para 2009. “Trabalhamos duro desde o segundo semestre de 2007 para fazer esse turnaround. No ano passado, conseguimos realizar essa retomada desde praticamente o primeiro trimestre”, comemora o diretor de RI, Décio Burd.
Em entrevista à InfoMoney, após a divulgação do resultado do quarto trimestre – que consolidou avanços nos indicadores operacionais -, o executivo lamenta que, apesar do acerto de medidas “tradicionais”, o patamar de R$ 3 da ação da companhia está “muito aquém do que deveria estar”.
Colhendo frutos da reestruturação, a administradora de meios eletrônicos de pagamento lucrou R$ 9,5 milhões no ano passado, tendo receita líquida de R$ 363 milhões e Ebitda (geração operacional de caixa) 89% superior a 2007 (R$ 64,4 milhões), com avanços fortes nas unidades de cartões, de gestão de programas de fidelização de call centers. Confira a entrevista:
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InfoMoney – Podemos esperar em 2009 o mesmo ritmo de expansão de 2008?
Décio Burd – Não podemos esperar isso. Imaginamos que teremos um crescimento significativo que pode chegar aos dois dígitos, mas será muito menor do que se não tivesse a crise.
Até hoje não tivemos nenhum reflexo que pudesse sugerir qualquer redução de receita ou rentabilidade. Até agora nada. Mas não podemos achar que isso é uma realidade. Em algum momento poderá ter algum efeito, ainda que, com certeza, não seja o mesmo efeito que ocorre sobre setores de commodities e bens de capital.
É possível os dois dígitos de crescimento. Acredito que podemos chegar a 10%. Seria um terço do ano anterior. A relatividade é muito importante. Tivemos variações fantásticas em 2008, como nessa área da CardSystem, de 35% no acumulado do ano.
Qual será a estratégia para a área de cartões?
Estamos focando na parte comercial. Nossos investimentos continuam normalmente, não teremos diminuição. Temos uma área comercial muito bem estruturada e colocamos muita força em 2009, sem tirar os olhos da rentabilidade. Atentos a produtividade, gestão de pessoas e controle de custos.
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Como foi realizada a redução no endividamento?
Utilizamos todo o caixa gerado para amortizar nossos empréstimos e não contratar empréstimos novos nas novas taxas de juros. E isso funcionou muito bem, porque hoje já começamos a ter taxas mais razoáveis.
Com o nosso caixa já conseguimos fazer nossos investimentos e independentemente disso temos uma linha de crédito de curto prazo de R$ 30 milhões, que não está sendo utilizada. Ela pode ser utilizada como fonte de financiamento quando necessário. Temos uma situação financeira bastante confortável.
A empresa pode iniciar a distribuição de dividendos em breve?
Não podemos distribuir dividendo com base em 2008. Isso porque terminamos 2007 com cerca de R$ 11,34 milhões de prejuízo acumulado. E terminamos 2008 com R$ 1,8 milhão de prejuízo acumulado: amortizamos R$ 9,5 milhões de prejuízo. No ano que vem muito provavelmente já estaremos distribuindo dividendos.