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SÃO PAULO – Sem tomar conhecimento do terremoto nas bolsas, as ações da CSU CardSystem (CARD3) fecharam em forte valorização de 9,45% nesta quinta-feira (9), cotadas a R$ 2,20, enquanto o Ibovespa completou seis pregões de forte desvalorização. Os esforços do departamento de RI para resgatar o “real valor” da empresa no mercado barraram a seqüência de cinco baixas seguidas da ação.
Equipada com a divulgação da prévia para os números do terceiro trimestre, que revelou um avanço de 39% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para R$ 16,5 milhões, os papéis da companhia chegaram a valer R$ 2,48 na máxima – alta de 23%.
À InfoMoney, o diretor de Relações com Investidores da administradora de meios eletrônicos de pagamento, Décio Burd, afirmou que as previsões revelam uma trajetória estável e consistente da empresa, fruto da reestruturação. No acumulado até setembro, o Ebitda registra expansão de 106% em relação a igual período no ano passado.
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“Queremos chamar a atenção. O valor da nossa ação não corresponde nem de perto ao real valor da empresa. Apesar da crise, é preciso destacar que tem gente com uma situação financeira confortável, com excelentes fundamentos. É absolutamente descabido o valor atual das ações”, bradou.
Imune no curto prazo
Questionado sobre o efeito da crise no mercado de cartões, o executivo salientou ser ilusório pensar que não haverá algum impacto. Na sua interpretação, pode existir um volume menor, “mas como adicionamos muito cartão, acaba-se não percebendo”, disse. Até setembro, foram emitidos 4,2 milhões de novos cartões – recorde.
“Uma crise como essa afeta a todos. É preciso se preparar. No nosso caso, afeta pouco, não temos nenhuma dívida em dólar nem sofreremos algum efeito em relação à situação financeira”, destacou o diretor de RI. Apesar não traçar projeções para 2009, Burd tem uma certeza: “a crise não irá afetar no próximo trimestre”.
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Com crise ou sem crise, o segmento de cartões, que já responde por 55% da receita, é o principal foco da empresa. Nas operações de call center, visando menores despesas, a CSU implementou migração das operações em Santo André para Alphaville e Recife. “65% da despesa de call center é mão-de-obra e lá os custos salariais eram maiores”, explicou.