FGTS e FAT deveriam ser fundidos e convertidos em fundo de pensão, diz Gustavo Franco

Franco apontou que o Brasil tem uma agenda social e uma carga tributária de país europeu, mas como não é uma nação rica por isso não tem condições de levar adiante essas benesses

Estadão Conteúdo

(Divulgação / B3)

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SÃO PAULO – O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco afirmou na manhã desta terça-feira, 27, que o FGTS e o FAT deveriam ser fundidos e transformados em um grande fundo de pensão, que seria um segundo pilar do esquema básico do INSS. A declaração foi dada durante evento promovido pelo Instituto Millenium, do qual Franco é presidente.

“O FGTS e o FAT são de uma época na qual o governo precisava nos ensinar a poupar, é um imposto disfarçado que alimenta fundos públicos. É quase uma propriedade da Caixa e do BNDES, que muitas vezes utilizam esses recursos para realimentar a política, emprestando para prefeitos, ou com subsídios fora do Orçamento. É um convite ao mau uso”, comentou.

Franco apontou que o Brasil tem uma agenda social e uma carga tributária de país europeu, mas como não é uma nação rica por isso não tem condições de levar adiante essas benesses. Segundo ele, o País nunca discutiu seriamente uma proposta de reforma do Orçamento. Ele apontou ainda que o endividamento público é muito grande e isso ajuda a explicar a necessidade de uma taxa básica de juros tão alta.

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O ex-presidente do BC também apontou a importância de promover uma maior inserção do Brasil no comércio internacional. “Nós temos um viés anticomércio espetacular, que prejudica a produtividade. Nossos bens de capital sempre estão algumas gerações atrás do que se observa no resto do mundo. Estamos fora das cadeias globais de valor, dos tratados de comércio”, explicou.