2 fatores explicam a alta dos combustíveis (e por que os preços não devem cair tão cedo), segundo o CEO da PetroReconcavo

Marcelo Magalhães participou de live do InfoMoney e falou sobre desinvestimentos da Petrobras e ambição da companhia para o gás natural no Nordeste

Anderson Figo

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SÃO PAULO — O aumento generalizado dos preços do petróleo no exterior e a desvalorização do real frente ao dólar são os dois principais fatores para a gasolina estar sendo cobrada a mais de R$ 7 em alguns estados, segundo Marcelo Magalhães, CEO da PetroReconcavo (RECV3).

Em live do InfoMoney nesta quinta-feira (11), ele disse que todas as tentativas de controlar artificialmente os preços do petróleo no mundo no último século “resultaram em estrondosos fracassos”, e comentou sobre o que é preciso acontecer para que os preços voltem a se normalizar no mercado interno.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do terceiro trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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“A forma, ao meu ver, de resolver isso é, sobretudo, do lado do câmbio. Se a gente tiver políticas fiscais conservadoras, uma organização entre o governo e a sociedade, a gente tende a ter uma apreciação do real, tende a atrair mais investimentos [para o país]. O fluxo de dólar para o Brasil aumenta muito. Vamos ter benefício disso com mais investimentos e geração de empregos, e também uma valorização do real perante ao dólar”, disse.

O executivo comentou ainda sobre o anúncio da Petrobras no passado de que deixaria o mercado de gás natural do Nordeste por ser uma operação que já não valia mais a pena para a companhia. É justamente um dos mercados em que a PetroReconcavo planeja crescer cada vez mais.

“A saída da Petrobras está acontecendo de uma forma mais lenta do que deveria”, disse Magalhães. O CEO espera que a partir do próximo ano a PetroReconcavo possa vender gás para outras empresas, a preços diferenciados — hoje ele só pode vender o produto para a própria Petrobras.

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Rafael Procaci, CFO da PetroReconcavo, também participou da live e explicou sobre a situação financeira da companhia. “A empresa opera campos maduros, que estão em produção há muito tempo, então a companhia já tem um caixa forte”, afirmou. “Historicamente, a gente sempre foi uma empresa pagadora de dividendos. Isso só mudou em 2019 com a aquisição do polo de Riacho da Forquilha, que foi uma aquisição grande, de US$ 350 milhões.”

Segundo o executivo, 60% do valor da compra foi financiada com as reservas da companhia como garantia. “Hoje em dia, essa dívida está em US$ 140 milhões e vem sendo amortizada desde meados de 2020. Com a nossa captação no IPO, hoje a gente tem uma posição de caixa que é maior do que essa dívida. Então, a gente tem uma alavancagem negativa”, afirmou.

A empresa abriu capital na B3 há cerca de seis meses, mas a PetroReconcavo tem uma história de 22 anos. Os executivos falaram sobre o histórico da companhia, que comprou muitos projetos do plano de desinvestimentos da Petrobras; sobre a remuneração aos acionistas; sobre planos de fusões e aquisições; e sobre a expectativa otimista em relação ao segmento de gás no Nordeste. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.