Yduqs (YDUQ3) salta 7,6% e lidera altas do Ibovespa após novo edital do Programa Mais Médicos

Novas regras preveem um aumento de vagas em cursos de medicina, que tradicionalmente são os mais caros em instituições de ensino

Camille Bocanegra

Fachada da Estácio, uma das empresas da Yduqs (Divulgação)

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O Ministério da Educação (MEC) anunciou regras de ampliação do Programa Mais Médicos, que estabelecem critérios para abertura de novas vagas em cursos da graduação em medicina. Os detalhes do programa ainda serão anunciados mas a notícia impactou positivamente nos papéis da Yduqs (YDUQ3).

As ações da companhia do setor educacional subiram 7,61%, a R$ 20,93, em destaque como as maiores altas do Ibovespa, que teve avanço modesto de 0,17%.

A reação foi causada pelo anúncio de quase 10.000 novas vagas em cursos de graduação de medicina. Dessas, pelo menos 5.700 serão distribuídas no novo programa, 2.000 no sistema privado e outras 2.000 no sistema público.

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Para que uma região seja elegível para recebimento do programa, deverá contar com os seguintes critérios:

Número abaixo das estimativas

“Vemos o anúncio como positivo para as empresas de ensino superior sob nossa cobertura que já oferecem cursos de medicina de graduação, pois isso poderia impulsionar o crescimento do volume nos próximos anos de maneira mais sustentável – ou seja, o novo programa distribuirá novas vagas em regiões remotas do país, evitando a concentração de cursos em cidades maiores”, diz o Itaú BBA.

Entre os entraves observados, está a possibilidade de revisão da legitimidade da lei do Mais Médicos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o caso deve ser retomado em 3 meses. Já houve votação de quatro entre os onze ministros da corte e, até agora, as posições foram positivas em relação à lei.

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Para o Morgan Stanley, apesar do anúncio parecer volumoso considerando 10 mil vagas, o número fica abaixo das estimativas e reduz o risco de liminares para a abertura de novos cursos de Medicina por outras instituições. 

“No entanto, o MEC está considerando um horizonte de 10 anos e, supondo que não anuncie outro programa até 2033, o aumento de vagas deve ser ainda menor do que nossas estimativas, que eram razoavelmente construtivas para os atuais players”, comenta relatório do banco.

O entendimento é que poderá haver um aumento de 3 a 11% nas vagas, equivalente a 1-5 mil vagas e que, mesmo dentro do novo anúncio do MEC, o número máximo de vagas para instituições privadas seria de cerca de 7 mil.

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A análise considera, também, que as principais empresas do setor, como Yduqs, Anima (ANIM3) e Uninove estão bem posicionadas para aproveitar as oportunidades, com capacidade de investimento e experiência com educação médica. No entanto, o processo será muito mais competitivo, pondera.