XP: nova metodologia do índice de sustentabilidade da B3 tem papel importante na agenda ESG do país

Mudança foi anunciada esta semana e permite que gestores e investidores possam mapear quais são as empresas da Bolsa mais avançadas nessas práticas

Mariana Zonta d'Ávila

(Getty Images)

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SÃO PAULO – A B3 anunciou nesta semana a nova metodologia do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), o índice brasileiro que tem como objetivo indicar o desempenho médio das empresas bem posicionadas na agenda ESG (de melhores práticas sociais, ambientais e de governança).

Entre as principais mudanças estão a divulgação para o público investidor da nota geral que todas as empresas (inclusive as não selecionadas para a carteira teórica) recebem no cumprimento de cada um dos critérios de avaliação.

Além disso, para garantir que a pontuação obtida pelas melhores empresas também influencie a composição do ISE, as mudanças levarão as companhias com as notas mais altas a terem maior peso na composição do benchmark. Confira as principais mudanças, que entram em vigor em janeiro de 2022, aqui.

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Em relatório publicado na noite de terça-feira (20), a XP destaca que a avaliação do ISE contará ainda com questionários avaliados pela RepRisk, uma companhia de ciência de dados ambientais, sociais e de governança corporativa, e pelo Carbon Disclosure Project (CDP), uma organização reconhecida mundialmente que ajuda empresas a divulgarem seu impacto ambiental, principalmente relacionado à emissão de carbono.

“Isso é positivo, dado que inclui opiniões terceiras e não somente autodeclaradas na elaboração do índice”, escrevem os analistas.

Na avaliação da XP, o anúncio como um todo é positivo, dado que contempla critérios mais rígidos e específicos, contribuindo para a realização de questionários mais robustos.

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Os analistas escrevem ainda que a mudança incentiva a adesão das empresas à agenda ESG e promove o compromisso de companhias brasileiras com a agenda climática global e com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), evidenciados pelas parcerias externas.

O aumento da credibilidade das empresas melhor posicionadas no ISE também é citado pela XP, uma vez que o peso das companhias na composição da carteira não será mais baseado no seu valor de mercado, mas sim, pelo melhor desempenho ESG.

“Além da atual onda de mudança impulsionada pela sociedade civil e pelos investidores, também acreditamos que as mudanças impostas pela regulamentação estão e terão, cada vez mais, um papel importante em direcionar as empresas no caminho de melhores práticas ESG. Embora ainda haja claramente muito a ser feito em relação ao tema no Brasil, evoluções, como a feita pela B3, possuem um papel importante no progresso da agenda ESG no país”, escreve o time de análise.

Desde a criação do índice ISE, em 2006, o Ibovespa apresenta ganhos de 265% até ontem (20), ante valorização da ordem de 289% do ISE no mesmo período.

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