WEG (WEGE3): Itaú BBA eleva ação para compra e vê inflexão positiva em 3 tendências

As tendências que causaram mau desempenho do papel provavelmente sofrerão uma inflexão positiva

Felipe Moreira

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O Itaú BBA elevou a recomendação para ação da WEG (WEGE3) de market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), após o papel registrar desempenho inferior ao do Ibovespa, de seus pares globais e de locais de alta qualidade em 30%, 18% e 7%, respectivamente, desde o rebaixamento em maio. Isso levou a fabricante de motores elétricos a negociar com prêmio abaixo da média histórica em relação aos pares (de 60%, versus 80% historicamente). 

“Histórias excelentes não têm desempenho abaixo da média por muito tempo”, apontam os analistas do banco.

O preço-alvo é de R$ 47 por ação, o que representa um potencial de valorização de 24% frente a cotação da última quinta-feira (14) de R$ 37,79.

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Para analistas, as tendências que causaram esse mau desempenho provavelmente sofrerão uma inflexão positiva, apoiando revisões para cima dos lucros da WEG (a empresa historicamente apresentou lucros 10% acima das expectativas do mercado no início do ano).

Em suma, a visão mais construtiva do banco baseia-se numa inflexão positiva em todas as três tendências que levaram a ação a ter um desempenho inferior. Em primeiro lugar, as expectativas de crescimento devem acelerar à medida que a procura por produtos de ciclo curto se expande gradualmente ao longo de 2024.

Em segundo lugar, as perspectivas de rentabilidade deverão melhorar à medida que a pressão descendente sobre os preços chega ao fim.

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Além disso, em terceiro lugar, está a inflexão no Custo do Capital Próprio, uma vez que o ciclo de flexibilização nos EUA, a ocorrer este ano, deverá impulsionar a entrada de capital para fundos dedicados aos mercados emergentes (sendo que a WEG possui uma posição importante).

Com relação à rentabilidade, a taxa interna de retorno (TIR) é de 18% para a ação considerando um horizonte de investimento de 3 anos, 10% de taxa de crescimento anual composto (CAGR) de lucros durante esse período e um Preço/Lucro de 30 vezes (em linha com a média histórica).

O banco ainda destaca que o valuation esticado sempre será um obstáculo para a WEG (30 vezes P/L, ou múltiplo de preço sobre o lucro esperado para 2024, sendo 26 vezes o P/L esperado para 2025) e reconhece que o ambiente melhor pode já ter sido parcialmente precificado (+10% desde o resultado). No entanto, vê um potencial de desvalorização limitado para a ação nos níveis atuais, ao mesmo tempo em que encontra espaço para riscos positivos em relação às estimativas de mercado.