Volta da Argentina ‘ao jogo’ desafia Brasil em 2016, diz presidente da Bunge

Sobre o efeito do dólar no próximo ano, Padilla disse que não é possível prever como será o comportamento do câmbio e como isto afetará a comercialização

Estadão Conteúdo

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“O próximo ano vai ser mais desafiador para os produtos agrícolas brasileiros porque vamos ter Argentina de volta ao jogo”, afirmou nesta quinta-feira, 26, o presidente da Bunge Brasil, Raul Padilla, antes do início do Summit Agronegócio Brasil 2015, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, com patrocínio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp). O evento ocorre na capital paulista.

Para Padilla, os estoques argentinos de grãos devem chegar ao mercado no curto prazo e, em 2017, a nova política proposta pelo presidente eleito no último domingo (22), Mauricio Macri, deverá impulsionar a produção do país, principalmente, de soja e milho.

Sobre o efeito do dólar no próximo ano, Padilla disse que não é possível prever como será o comportamento do câmbio e como isto afetará a comercialização.

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Em relação ao setor sucroenergético, o presidente da Bunge Brasil acredita que os preços do açúcar estão entrando em um novo cenário de alta. As cotações internacionais do produto devem se manter no nível registrado nos últimos dias. Segundo ele, a elevação das cotações decorre, principalmente, de questões climáticas que devem influenciar a produção de cana-de-açúcar em importantes regiões produtoras, como Brasil, Tailândia e Índia.

Otimismo
O professor titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) José Vicente Caixeta Filho se diz otimista sobre o resultado da safra agrícola 2015/16, em fase de plantio, apesar de maiores restrições para a concessão de crédito rural e os impactos do fenômeno meteorológico El Niño. O acadêmico também participará do Summit Agronegócio Brasil 2015.

A razão para o otimismo são os investimentos públicos e privados em infraestrutura para facilitar o escoamento da produção. “Como País, temos condições de aumentar a produção e a produtividade da nossa safra de grãos, e agora não temos mais como grande preocupação a dependência de portos do Sul e do Sudeste”, ressaltou Caixeta, citando o potencial de terminais do chamado Arco Norte. “Estamos resolvendo os gargalos da porteira para dentro. E, da porteira para fora, eles também estão sendo gradativamente resolvidos”, disse.

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Questionado sobre a dificuldade na obtenção de crédito, o professor da Esalq/USP nota que “a agricultura como segmento econômico tem um DNA importante de não depender do poder público” para expansão. Caixeta reconhece o El Niño como uma “variável climática de difícil controle” que deve prejudicar a produção, mas afirma que há pontos positivos como o câmbio – que deve impulsionar os embarques de commodities.

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