Via (VIIA3) lança oferta de ações que deve levantar quase R$ 1 bilhão para melhorar estrutura de capital; ativos caem 7%

Recursos captados via oferta de ações serão direcionados para melhora da estrutura de capital, incluindo o investimento em FIDC do crediário

Felipe Moreira

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A Via (VIIA3) anunciou vai emitir 778.649.283 ações ordinárias por meio de uma oferta pública primária de ações, perfazendo o montante de R$ 981 milhões com base no preço de fechamento de R$ 1,26 da última segunda-feira (4). A sessão foi de forte queda para os ativos da dona das Casas Bahia e Ponto, com VIIA3 fechando em baixa de 7,14%, a R$ 1,17.

Na operação, adicionalmente, serão entregues até 622.919.426 bônus de subscrição aos subscritores das Ações, que serão ofertados e alocados aos subscritores em lotes de 5 ações.

Por conta da oferta, a Via afirmou ainda que decidiu descontinuar projeções financeiras.

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A fixação de preço dos papéis será realizada no dia 13 de setembro, com o início de negociação das ações e dos bônus de subscrição no dia 15. A liquidação ocorre no dia 18 e o crédito dos bônus de subscrição, no dia 19.

Os recursos captados via oferta de ações serão direcionados para melhora da estrutura de capital, incluindo o investimento em FIDC do crediário.

Nesse contexto, os acionistas de referência Goldentree Fundo de Investimento em Ações, Michael Klein e Twinsf Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado – Investimento no Exterior manifestaram a intenção de exercer os respectivos direitos de prioridade na potencial oferta.

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Todos os demais acionistas da companhia poderão participar da oferta por meio da oferta prioritária.

As ações da oferta prioritária serão destinadas exclusivamente à colocação perante os acionistas e as ações remanescentes da oferta prioritária (se houver) serão destinadas à colocação perante investidores profissionais.

Não será admitida distribuição parcial no âmbito da oferta. Assim, caso não haja demanda para a subscrição das ações inicialmente ofertadas por parte dos acionistas e/ou dos investidores profissionais até a data da conclusão do procedimento de bookbuilding, nos termos do contrato de colocação, a oferta será cancelada.

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A empresa destaca que em assembleia marcada para 12 de setembro, acionistas da empresa deverão votar, entre outras matérias, sobre a alteração do capital autorizado da companhia para até 3 bilhões de ações ordinárias.

A oferta terá coordenação do UBS BB (coordenador líder), do Bradesco BBI, BTG Pactual, do Itaú BBA e do Banco Santander (Brasil).

Os coordenadores da oferta realizarão a colocação das Ações e dos Bônus de Subscrição, em regime de garantia firme de liquidação, de forma individual e não solidária, na proporção e até os limites individuais assumidos por cada um dos Coordenadores da Oferta Simultaneamente, serão realizados esforços de colocação das ações no exterior.

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Conforme aponta a Genial Investimentos, os R$ 8,7 bilhões de em empréstimos e financiamentos, além dos R$ 5 bilhões em dívida da operação do crediário, levaram à oferta de ações que busca alívio para o pagamento de metade da dívida com bancos credores, além da intenção de estender os prazos de pagamento.

(com Estadão Conteúdo)