Valendo R$ 1,693, dólar abre em queda após injeção de liquidez a bancos europeus

Empréstimo aos bancos da Zona do Euro aumentou a liquidez no mercado, mas otimismo pode ser momentâneo, dizem especialistas

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Finalmente o bom humor parece retornar aos mercados, pelo menos nesta quarta-feira (29), especialmente depois do BCE (Banco Central Europeu) disponibilizar € 529,53 bilhões em empréstimos de longo prazo aos bancos da Zona do Euro. Deste modo, o dólar comercial abre a sessão em leve queda de 0,34%, cotado a R$ 1,693.

O montante colocado no mercado, além de superior aos € 489 bilhões de euros desembolsados na última operação, ocorrida em 21 de dezembro, também supera as expectativas dos analistas, que girava em torno dos € 500 bilhões.

Porém, este otimismo pode ser momentâneo, já que as incertezas em relação à crise econômica na Zona do Euro e ao futuro dos países envolvidos seguem. “Diante da agenda carregada e da imprevisibilidade da reação dos investidores ao resultado da operação do BCE, o comportamento dos mercados está cercado de indefinições”, pondera a diretora da AGK Corretora de Câmbio.

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Cabe destacar que na agenda desta quarta-feira o Banco Central divulgará o Fluxo Cambial e, segundo o diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme, o fato merece atenção.

“O fluxo cambial, que quando analisado mais detalhadamente e não só por seu resultado absoluto, tem dado sinais que sugerem que poderá mudar o comportamento em perspectiva, ainda reflete, e, deverá continuar refletindo ao longo de março volumes consideráveis de ingressos de empréstimos captados no exterior”, conclui.

Indicadores
Na agenda doméstica os investidores acompanharam a Sondagem da Indústria de fevereiro, divulgada pela FGV (Fundação Getulio Vargas), que apontou um avanço de 0,2% na confiança do setor. Ainda por aqui, o Banco Central publica a Nota de Política Fiscal.

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Nos Estados Unidos, a agenda terá como destaque a divulgação do Livro Bege, relatório sobre a atualidade econômica norte-americana. Outro evento importante será a segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano e de seu deflator, baseados no quarto trimestre. Também será revelado o relatório semanal de estoques de petróleo norte-americano, bem como o Chicado PMI, indicador que mede o nível de atividade industrial na região.