Vale: Santander recomenda compra, mas traça preço-alvo menor para 2011

Embora cifra tenha sido rebaixada a US$ 37,00, contra os US$ 50,00 projetados para o final deste ano, mineradora segue sendo top pick

Luis Madaleno

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SÃO PAULO – O Santander revela a introdução de um novo preço-alvo aos papéis da Vale (VALE3, VALE5) para o final de 2011, de US$ 37 por ADR (American Depositary Receipt), removendo desta maneira sua projeção prévia para este ano, a qual projetava o valor de R$ 50,00. No entanto, embora tenha havido o corte, a sugestão para os papéis ainda é de compra e os ativos seguem sendo as top picks do banco no setor de mineração e metais na América Latina.

“Embora estejamos assumindo preços mais conservadores para o minério de ferro no curto e médio prazos e seus menores volumes de vendas em 2010, maiores apreciações cambiais e maior beta, ainda esperamos que a Vale forneça um atraente upside (potencial teórico de apreciação) total de 58,4%”, assinalam Felipe Reis, Alex Sciacio e Victoria Santaella, analistas do banco.

“Oportunidade de compra”
Para a equipe do Santander, diante da volatilidade pela qual os papéis da mineradora vêm passando recentemente, das eleições de outubro e dos receios quanto à saúde da economia global, abre-se uma “oportunidade de compra, dado os fortes fundamentos da Vale”, observa.

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Além disso, os analistas também defendem sua sugestão de compra com a crença de que potenciais de depreciação são “limitados”. “Os preços do minério de ferro negociados pela Vale teriam que diminuir 64% desde o pico estimado no terceiro trimestre – passando de US$ 124,00 para US$ 44,00 por tonelada (FOB no Brasil) – para a Vale de ter potencial de apreciação zero”, comentam, face aos resultados do teste de estresse realizado pelo banco.

Riscos mitigados
Por fim, os analistas destacam o capex (investimento em bens de capital) da companhia que, segundo Reis, Sciacio e Santaella “deve ser mais forte, para financiar o crescimento orgânico” o que veem como “positivo” à mineradora, uma vez que, segundo a equipe, mitiga a percepção de risco quanto a possíveis fusões e aquisições no curto prazo.