Mais dividendos da Vale (VALE3)? É possível, mas decisão será no 2º semestre, diz CFO

O diretor financeiro da companhia afirmou que a possibilidade de mais pagamentos ou recompra existirá se preços do minério de ferro permanecerem como estão

Camille Bocanegra

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A Vale (VALE3) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025 na noite desta quinta-feira (31). Os dados agradaram analistas e superaram projeções, e os papéis sobem na manhã desta sexta.

“No segundo semestre, dependendo do fluxo de caixa iremos decidir sobre dividendos adicionais ou recompra”, diz o diretor-financeiro da companhia, Marcelo Bacci, em teleconferência sobre o balanço.

“Não é possível falar em dividendos extraordinários além do mínimo no momento, mas com o preço atual no mercado de minério de ferro, a chance de acontecer aumenta no segundo semestre, porque está proporcionando à companhia uma geração de caixa mais robusta”, diz.

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O diretor afirmou que, se os preços do minério de ferro seguirem como estão, há espaço para mais pagamentos ou até mesmo recompra até o fim do ano. “Temos que ver o que há de margem no fluxo de caixa para alocação de capital, o que deve incluir mais retornos para os acionistas. Desde que a dívida líquida chegue a meados do range [faixa], que seria US$ 15 bilhões”, afirmou.

O executivo explica que, no começo no ano, sempre a dívida fica ligeiramente maior, mas no segundo semestre há volume mais forte e geração de caixa maior, o que reduz o indicador. “O ritmo da redução que indicará se será possível pagar dividendos adicionais ou realizar recompra”, afirmou o CFO em coletiva de imprensa sobre o balanço, logo após a teleconferência.

A dívida líquida da companhia ficou em US$ 17 bilhões, mais próximo da banda mais alta do guidance, entre US$ 10 e 20 bilhões.