Vacinação, posse de Biden, PIB da China e Copom: o que acompanhar nesta semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após a preocupação voltar a bater no mercado, com o Ibovespa em queda nos últimos dias, esta semana já começa bastante agitada, com um grande evento que deve impactar o retorno da bolsa na segunda-feira (18).

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne neste domingo para discutir os pedidos de autorização para uso emergencial de vacinas contra a Covid-19, podendo tomar uma decisão se aprova ou não as solicitações.

Serão avaliados os pedidos do Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceira com o consórcio Astrazeneca/Oxford.

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O governo federal não tem confirmado o início da vacinação, mas indica que o processo deve começar na quarta-feira (20) se a vacina for aprovada. No caso da Coronavac, o governo de São Paulo pode antecipar o programa de vacinação caso o uso seja autorizado pela Anvisa neste domingo.

Diante disso, o resultado dessa reunião de hoje deve ser um dos principais drivers da bolsa brasileira no pregão de segunda, especialmente se as duas vacinas forem aprovadas, indicando finalmente o início da vacinação no País.

Super Quarta

Diferente do que se acostumou a se chamar de “Super Quarta”, quando ocorre no mesmo dia as decisões do Comitê de Política Monetária do Brasil (Copom) e dos EUA (Fomc), dessa vez a reunião de juros ocorre apenas no cenário doméstico, mas outros dois eventos tornam o dia bastante agitado.

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O primeiro deles é a expectativa pelo início da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Se os pedidos forem aprovados pela Anvisa neste domingo, há rumores de que o governo federal dê início à aplicação da primeira dose para os grupos prioritários.

Enquanto isso, nos EUA, o dia será marcado pela posse de Joe Biden como o 46º presidente do país. Em uma cerimônia que promete ser bastante diferente da tradicional.

As mudanças ocorrerão não só por conta da pandemia, com o pedido para que as pessoas evitem aglomerações próximas à Casa Branca, mas também com temores de protestos e possíveis ataques por conta de extremistas.

Já havia preocupações sobre manifestações de apoiadores do atual presidente, Donald Trump, mas o clima pesou após a invasão do Capitólio no dia 6. Agora, a polícias e órgãos de inteligência dos EUA monitoram as atividades de grupos contrários ao novo governo e já se fala em protestos – risco de confronto – não só na capital Washington, mas em outras cidades do país.

Completando o dia, o Copom anuncia a sua decisão para a taxa de juros do país, com a projeção do mercado de que se mantenha em 2% ao ano. A questão, porém, fica para o comunicado, após o Banco Central deixar analistas e investidores agitados na última reunião com sua fala sobre o “forward guidance” (prescrição futura).

Por isso, o mercado ficará atento se o BC falar se a prescrição continuará em vigor e dará maiores indicações sobre o início do ciclo de alta da Selic, que já é bastante debatido no mercado no cenário de inflação em alta e economia ainda bastante cambaleante.

Agenda de indicadores

Na agenda, a semana será um pouco mais tranquila, com destaque maior para dados vindos da China. Ainda neste domingo à noite, a segunda maior economia do mundo divulga o seu Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre.

Segundo dados compilados pela Refinitiv, a expectativa dos economistas é que a China mostre crescimento de 3,2% no último trimestre de 2020, ante alta de 2,7% no período anterior. Com isso, o país deve fechar o ano com crescimento de 6,1%.

Ainda nesta noite serão apresentados outros dados chineses, com destaque ainda para a produção industrial do país, o que deve impactar o início dos negócios na Bolsa na volta do fim de semana.

Já na segunda-feira de manhã será apresentado o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que segundo a equipe de analistas do Bradesco deve “reforçar a expectativa de expansão do PIB no quarto trimestre”

Nos EUA haverá uma bateria de muitos indicadores durante a semana, mas o principal deles será a inflação medida pelo CPI, com projeção, segundo da Refinitiv, de alta de 0,3%, ante recuo de 0,1% no mês anterior.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.