Uruguai barrou venda de ativos da Marfrig para Minerva no país? Empresas esclarecem

Notícia foi divulgada por jornal uruguaio, mas empresas informaram ainda não terem recebido notificação

Felipe Moreira

(divulgação)
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O acordo para que a Minerva (BEEF3) compre ativos da Marfrig (MRFG3) teria sofrido um revés no Uruguai. De acordo com o Telenoche, jornal do país, a Comissão de Promoção e Defesa da Concorrência do Uruguai (CPDC, espécie de Cade uruguaio) do Ministério da Economia negou a compra de quatro plantas da Marfrig pela Minerva no Uruguai.

Após a reportagem, as companhias informaram ainda não terem recebido nenhuma notificação oficial das autoridades uruguaias, embora a revisão antitruste no Uruguai deva ser concluída até o final de maio de 2024.

Em agosto de 2023, a Minerva anunciou a potencial aquisição na América Latina de 16 unidades da Marfrig, incluindo fábricas no Uruguai que equivaleriam a 16% da capacidade total de abate de carne bovina que pretende adquirir. A tranche Uruguai corresponde a cerca de 20% do valor que a Minerva se propõe a pagar à Marfrig.

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Cabe ressaltar que a notícia de compra de ativos não foi bem vista pelos investidores de BEEF3, muito pelas preocupações com alavancagem.

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O acordo pendente inclui termos mais flexíveis no Uruguai do que no Brasil, e o eventual preço no Uruguai poderá estar sujeito a ajustes dependendo da decisão final dos reguladores uruguaios, avalia o Goldman Sachs. Na véspera, as ações BEEF3 dispararam 9,4% e operam perto da estabilidade nesta sexta. “Aguardamos mais informações sobre o processo para avaliar seu impacto fundamental final”, avalia o Goldman.