Time Warner registra queda de 26% no lucro líquido, impactada pela AOL

Entretanto, cifras vieram melhores que o esperado pelos analistas; lucro da AOL caiu 36% e rumores dão conta de venda

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SÃO PAULO – A temporada de divulgação de resultados segue à toda nesta quarta-feira (6), trazendo um leque de empresas de peso que apresentam seus balanços contábeis obtidos no segundo trimestre do ano. Uma delas é a maior companhia de mídia do mundo, a norte-americana Time Warner.

Penalizada principalmente por seus negócios no segmento de internet, em que atua por meio da AOL, a empresa registrou um lucro líquido de US$ 792 milhões, o que, frente à cifra de US$ 1,07 bilhão registrada no mesmo período do ano passado, representa um decréscimo de 26%.

Entretanto, excluídos itens não-recorrentes de seu desempenho, o lucro por ação mensurado pela Time Warner ficou em US$ 0,24, levemente acima das projeções dos analistas, que apostavam em ganhos de US$ 0,23 por papel da companhia.

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No mesmo sentido, as vendas somaram US$ 11,6 bilhões, alta de 5,2% frente a 2007 e superior aos US$ 11,4 bilhões esperados. Todavia, a companhia reduziu suas projeções de lucro para este ano de US$ 1,15 para US$ 1,10 por ação, embora a meta de crescimento de 9% em sua receita tenha sido mantida.

AOL em apuros

O ponto fraco nos balanços contábeis da Time Warner foi a AOL, cuja receita caiu em 16% na comparação com o resultado do segundo trimestre de 2007 para o montante de US$ 1,06 bilhão, ao passo que seu lucro registrou recuo ainda maior: de 36% para US$ 230 milhões.

A subsidiária perdeu entre os meses de abril a junho deste ano 604 mil clientes, o que, segundo analistas, foi uma das causas de tal desempenho negativo, junto com os menores rendimentos advindos de publicidade. Não por acaso, a Time Warner confirmou que irá separar as divisões de publicidade e conteúdo da AOL.

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Além disso, rumores em torno de que a companhia estaria interessada em vender a AOL vêm se tornando constantes nos mercados nos últimos tempos. O último deles, divulgado pelo Wall Street Journal, afirmava que a operação teria como possível cliente interessado a Microsoft.