Tesla (TSLA34) tem lucro de US$ 3,318 bilhões no 1º trimestre, acima do consenso do mercado

Companhia de Elon Musk viu receita crescer com maior preço médio e por aumento da entrega de veículos

Felipe Moreira

Tesla Model 3 (Divulgação)

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A Tesla (TSLA34) lucrou de forma líquida US$ 3,318 bilhões no primeiro trimestre de 2021. A companhia registrou, com isso, lucro líquido por ação de US$ 3,22, contra US$ 2,26 projetados pelo consenso de mercado.

A receita líquida atingiu a cifra de US$ 18,76 bilhões entre janeiro e março deste ano, ante projeções de US$ 17,80 bilhões e crescendo 81% na base anual.

A Tesla explica que o crescimento da receita foi impulsionado em parte por um aumento do número de carros entregues bem como por um aumento nos preços médios das vendas. A companhia de Elon Musk entregou 310 mil carros no primeiro trimestre, sendo que os veículos Modelo 3 e Modelo Y representaram 95% do total, ou 295,3 mil carros.

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As margens brutas automotivas saltaram para 32,9%, com a Tesla relatando lucro bruto de US$ 5,54 bilhões em seu principal segmento. Os créditos regulatórios representaram US$ 679 milhões de receita automotiva no trimestre.

“Esse foi o melhor resultado da historia da empresa, superando a margem obtida no ultimo trimestre, que ficou em 31,3%. Isso mesmo em um ambiente de inflação global de insumos”, comenta Natan Epstein, sócio da Catarina Capital.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou US$ 5,03 bilhões no primeiro trimestre, um crescimento de 173% em relação ao mesmo período de 2021. A margem Ebtida ajustada, por sua vez, foi de 26,8% no três primeiros meses deste ano, alta de 9,06 pontos percentuais na comparação com igual etapa de 2021.

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A geração de fluxo de caixa livre atingiu a cifra de US$ 2,228 bilhões, expansão de 660% frente ao desempenho do mesmo intervalo do ano passado.

Destaque negativo no balanço fica para o braço de energia eólica da Tesla – as implantações solares caíram quase pela metade na base anual, para 48 MW. A empresa implantou 846 MWh de sistemas de armazenamento de energia de bateria baseados em íons de lítio, crescimento de 90% em relação ao mesmo período do ano passado, mas com queda na base trimestral.

Segundo a Tesla, contudo, a queda desse segmento se deu por conta de atraso no recebimento de certos componentes, com a cadeia de produção ainda afetada por restrições impostas para conter a covid-19.

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